Lisboa – Tchizé dos Santos, filha do ex-Presidente da República negou, esta quinta-feira (27), em Luanda,  que seu irmão José Filomeno dos Santos “Zenu”,  tenha  algum problema de dependência a substancias tóxicas. A também deputada do MPLA, reagia assim -  através de um dos seus habituais áudios – a notícia  da edição 210, desta semana,  do semanário “A República”, que trás como manchete o seguinte titulo: “Filho de JES  é toxicodependente agarrado a drogas pesadas”.

Fonte: Club-k.net

Deputada teme assassinato   do irmão na cadeia 


De acordo com Tchizé dos Santos, o seu irmão “Nunca foi, nem nunca foi tóxico dependente”, esclarecendo  que “as famílias dos tóxicos dependentes sabem quando  os seus parentes estão nesta condição”.


O  Jornal "A República",  alega   que antes de entrar para cadeia, Zenú dos Santos terá transmitido ao pai, palavras como por exemplo:  “se  for preso vou-me suicidar na cadeira”. Para, irmã, Tchizé dos Santos, estes tipos  de rumores começam a ser já preocupante.


“Começa haver uma certa preocupação com estes tipos de rumores que começam a falar em suicídio, tóxico dependência. Porque a não haverem provas no seu envolvimento nos crimes de que é acusado,  que não haja tentação de matarem o nosso familiar dentro da prisão a pretexto de que é tóxico dependente e que conseguiu por droga na prisão para se matar ou a pretexto de que se suicidou”,  alerta  a deputada.


A mesma adverte que isto “É uma alerta que quero fazer porque o meu irmão nunca foi alcoólatra ou toxico dependente de nenhuma sorte. Nem viciado em medicamentos , nem tem nenhum tipo de desequilíbrio emocional ou psicológico”.


Rafael Marques promete defender Zenu se os seus direitos forem violados

Através de uma carta aberta intitulada “conselhos práticos para presos de luxu”, o defensor dos direitos humanos Rafael Marques de Morais que no passado sentiu a mão pesada da justiça do então Presidente Eduardo dos Santos, considerou que Zenu e outro presos como Augusto Tomás estão a ser tratados com dignidade.

 

Dirigindo-se  a Zenú, Marques recorda que “em 1999, quando o regime do seu pai, José Eduardo dos Santos, ordenou a minha detenção por lhe ter chamado corrupto e ditador – vejam só a ironia –, eu tive sete armas apontadas contra mim, quando abri a porta da minha casa. A vossa experiência, pelo contrário, foi cordial. João Lourenço actuou no respeito dos vossos direitos e da vossa dignidade.”

 

“O meu segundo conselho é simples também: devolvam o dinheiro e os bens roubados ao povo, de forma voluntária e patriótica. Estou aqui para vos defender também, caso os vossos direitos sejam violados na cadeia”, escreveu Marques confortando a família Dos Santos.