Lisboa - Ponto prévio: O artigo que se segue não tem carácter discriminatório.  A  essência básica  do estado português é -prestigiar, reconhecer-  simbolizar  e dignificar o ensino nacional. Em Angola o cenário infelizmente é completamente vergonhoso -diferente-.

 

Fonte: Sapo/Club-k

16 médicos cubanos chumbaram nos testes

Os “mwatas” angolanos acreditam e estam conscientes que a “Educação e Saúde” encontram-se num estado precaríssimo e a deus dara.


É assim, e  a título de exemplo, que estes manda-chuvas enviam os filhos para as “Europas ou Américas” para estudarem. O mesmo acontece quando “eles” sentem uma  “febrezinha”, atribuem-se “juntas medicas”  para as “Europas ou Américas” em tratamento.

 

 A maioria da população é forçada a frequentar as escolas nacionais e sem um emprego digno depois da sua formação superior. E como se fora pouco receptíveis a morrer a qualquer altura por falta de uma simples aspirina num hospital nacional.


Não seria mas económico reestruturarem estes sectores reconhecidos pelos mwatas como “inuteis”,  e ao mesmo tempo contratarem aqueles angolanos “genuínos” formados nas Europas ou Américas para preencherem o vazio existente?


Eis o artigo na íntegra:

16 médicos cubanos chumbaram nos testes

Ao todo vieram a Portugal 60 clínicos de Cuba para realizar provas na Faculdade de Medicina do Porto, mas só 44 obtiveram reconhecimento da licenciatura e vão exercer nos centro de saúde.


Um quarto do grupo de médicos cubanos que chegou a Lisboa para trabalhar nos centros de saúde do Sul do país chumbou nos testes que fez em Portugal. Ao todo, vieram de Cuba 60 clínicos, mas 16 não obtiveram reconhecimento da Faculdade de Medicina do Porto (FMP), a instituição que aceitou fazer provas aos cubanos. São três testes para avaliar as qualificações técnicas e o grau de conhecimento da língua portuguesa (ver caixa).


Os outros 44 clínicos cubanos conseguiram a equivalência das licenciaturas e "já dispõem de habilitação básica para o exercício da profissão", revelou ao DN o director da Faculdade de Medicina do Porto, Agostinho Marques, acrescentando que este grupo veio para Portugal "ao abrigo de um acordo" entre os Ministérios da Saúde (MS) dos dois países. Mas o MS, quando na semana passada foi questinado pelo DN sobre a vinda destes profissionais para centros de saúde, garantiu não existir qualquer acordo, dizendo que apenas há "negociações com diversos países da América Latina".


Segundo o responsável da FMP, o grupo vindo de Cuba foi o maior de sempre. "As sete faculdades de medicina portuguesas recebem todos os anos diversos pedidos de equivalência por parte de médicos estrangeiros mas nunca tivemos um grupo tão grande e apenas proveniente de um único país, como sucedeu agora com os cubanos. Foi um facto inédito", garante Agostinho Marques.


Para terem as suas licenciaturas reconhecidas, os médicos oriundos de Cuba passaram por aquelas três provas específicas. "Trata-se de um processo muito rigoroso que, no final, confere equivalência a um diploma obtido numa universidade extra-comunitária. É como se o curso tivesse sido feito em Portugal", explica o director da faculdade.


O próximo passo será a inscrição dos cubanos na Ordem dos Médicos, onde poderão existir algumas dificuldades em obter o reconhecimento como médicos especialistas.


"Em Portugal, a medicina familiar é considerada uma especialidade, ao contrário do que sucede, por exemplo, em Cuba. Duvido que esses médicos tenham habilitações", tinha já avisado o bastonário Pedro Nunes, quando o DN noticiou que 40 médicos cubanos iriam começar no final do mês de Agosto a exercer nos centros de saúde do Alentejo, Ribatejo e Algarve. Agostinho Marques, que foi um dos elementos do júri destes cubanos deixa uma garantia: "Tenho presidido a muitos júris deste tipo e posso garantir que os cubanos vinham muito bem preparados".


Em Portugal, segundo o Tribunal de Contas, existem 1,4 milhões de utentes sem médico de família. Diversos concursos públicos para preenchimento de vagas ficam sistematicamente vazios.

 

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