Luanda - Está em voga, entre nós em Angola, a expressão “caça as bruxas” aplicada ao presidente JLo desde que, nos últimos tempos, se desencadeou uma onda de detenções de GESTORES do bem público da era do Zedú. JLo tornou-se como caçador das bruxas, para algumas individualidades da nossa praça, como por exemplo Paulo Ganga, João Hungulo, Maria Luísa Abrantes (Milucha), Kangamba e muitos outros incorrigíveis.

Fonte: Club-k.net

Mas afinal de contas o que é uma bruxa? Na literatura clássica, e consequente, a bruxa é um ser horripilante, com roupas sujas, nariguda e com voz aterrorizante, pessoa feia, assustadora e supostamente com pacto ou poderes demoníacos, azeda e mal- humorada. Outrossim, as bruxas também são tidas como seres extremamente más, com hábitos canibais e sem escrúpulos ou moral e que utilizam forças demoníacas para torturarem as pessoas.


Por essa definição, sucinta de bruxas, depreende-se que elas são seres sociais que causam o mal e, por isso, devem ser perseguidas e extirpadas do meio da sociedade que se alveja saudável, harmoniosa, unida, justa, humanista, pacífica, incorrupta e igualitária. Por isso, se JLo é um “caça as bruxas”, com toda a certeza que tem o voto de todas as pessoas de bem e que desejam uma Angola livre da corrupção, rumo ao progresso e bem-estar social. Nesse sentido, se são bruxas que estão a ser caçadas e se essa ideia se aplica à cadeia de Zenu ou às outras pessoas do círculo de Zedú, o que o povo angolano pede ao JLo é força, coragem e saúde para continuar e a intensificar, ainda mais, essas ações de caça a todas as “bruxas” em Angola. Porque nós povo sofredor e sacrificado, de Cabinda ao Cunene e de Benguela ao Moxico, desejamos com urgência a mão pesada contra todas as “bruxas” deste país e que sejam caçadas e presas, quaisquer que sejam o tamanho ou o parentesco que tiverem com Zedú. E se ele próprio for um desses bruxos, meus amigos, amarrai-o e levai-o para São Paulo.


Deixemo-nos de demagogias de que na tradição africana um pai que exerceu altas funções no Estado mesmo que seja um monstro não deve ser responsabilizado pelas suas ações pelos “meninos”, pese embora as funções relevantes que exerçam. De que tradição africana nos referimos? A da África “SHITHOLE” com políticos que guardam os seus dinheiros fora do continente empobrecendo a África? A África “SHITHOLE” onde os filhos e familiares dos governantes estudam nas melhores escolas e universidades fora de África para virem, como engenheiros, nos governar e roubar? A África “SHITHOLE” que os seus líderes e familiares quando estão doentes vão-se tratar fora de África? A África “SHITHOLE” que tem líderes que consomem vinhos, champanhes, comida, materiais dos seus móveis e imóveis de luxo exportados de fora de África?


Que tradição africana defendemos demagogicamente quando se prende os seus líderes e familiares “bruxos” corruptos? Os tais que têm países com bairros inteiros “SHITHOLE” onde não há luz, nem água, nem saneamento básico? Onde impera o caos social e familiar, com prostituição, alcoolismo, com HOLES cheias de SHIT de todo tipo de SHIT de água podre de “MERDA”, de anarquia de construção de SHIT de chapas mais quentes que a própria SHIT? Que tradição africana defendemos? A da África “SHITHOLE” com cidades e bairros lamacentas e poeirentas, abandonadas na SHIT por governos de SHIT, “bruxos” políticos de SHIT, com justiça impune de SHIT, com eleições de SHIT, com políticas económicas e sociais de SHIT, com bajuladores de SHIT, com polícias de SHIT, com educação e hospitais de SHIT, com pastores e igrejas de milagres e lucros de SHIT?


Que tradição africana defendemos demagogicamente? A da África onde os extra- continentes, sobretudo, brancos tem mais privilégios e ganham mais do que os filhos de África com as mesmas literacias ou até menos? A África em que chamais de “nossa cultura” aos povos na nudez e culturas primitivas, a viverem em cubatas, á chuva e ao sol e a comerem mal, mas vós andardes de fato e gravada e vestidos ocidentais, a comerem em palácios e a dormirem em casas de luxo?


Só mesmo numa África dessa categoria pode acontecer que um líder “Zedú remeta-se ao seu poder soberano, dá um murro sobre a mesa, e diga que “é ele o chefe”, e, que ninguém o poderia contrariar, apelando ser JLo o homem à substitui-lo. E que depois desta desforra, veio o silêncio à inundar a turma de sacerdotes e anciões, permitindo-os, a concordar com a imposição do Chefe a aceitar aquele que, ninguém entre os quais, um dia quis o ter como chefe de todos”. Que África é essa do Zedú com autoritarismo? Se ele impôs JLo aos seus pares no BP, então agora deixai que JLo imponha ordem na selvajaria.

Zedú pode ter recebido um País mergulhado no caos que perdia de forma imatura o seu líder único; pode ter-se batido de forma dura contra o Apartheid; pode ter- se batido de forma dura contra o egoísmo ocidental e norte americano; pode ter trazido uma paz de “calar das armas” ao país. Zedú pode ter sido tudo isso, mas isso nunca deve impedir jamais ao presidente JLo de travar a cruzada de luta contra as bruxas corruptas que remeteram Angola no “SHITHOLE”. Atentado contra os direitos fundamentais da pessoa humana, é exatamente não fazer o que se deve e o que as leis da República de Angola ditam, sem exceção.


Enquanto escrevia este artigo, assistia o programa da TPA “NA LENTE DE CABINGANO” sobre os jovens e o álcool. A reportagem nos traz a realidade, nua e crua, das políticas do tal “arquiteto da paz”. Nesse programa reteve-me, com lágrimas nos olhos, a expressão síntese, de todo o programa, dita por um adolescente que, antropologicamente destruturado e fendido no seu ser, deve nos fazer refletir quando defendemos a governação de Zedú e quando condenamos as atuais ações de JLo de “caça as bruxas”. Dizia o adolescente: “bebo como a única forma, porque o mundo está INCLINADO”. Perguntem-se: quem inclinou o mundo desses jovens de bairros sem luz, sem água, sem saneamento básico, sem emprego e, por fim, sem futuro, sem felicidade e sem a vida com sentido?


Por isso, ainda bem que haja o aval do Presidente João Lourenço, nesta cruzada de luta contra as “bruxas maléficas”, que ele não tenha piedade da “bruxaria” que corrói a nação angolana, que persiga e cace todas as “bruxas” corruptas e que o Procurador- Geral da República, general Pita Gróz, prenda todos os homens e mulheres “bruxos” que sejam próximos ou não do camarada Zedú que meteram este lindo e rico país na MERDA. Sem piedade, nem tréguas combatamos e cacemos as “bruxas” deste país. Onde andaram esses comentadores e juristas legalistas de ocasião dos direitos humanos? Não são eles que nos pintavam uma Angola do primeiro mundo no tempo do Zedú? Já pediram desculpas ao povo angolano pela sua bajulação? Antes não sabiam as leis e os direitos fundamentais dos angolanos? Quando eram perseguidos Rafael Marques, Willian Tonel, os revús e outros por defenderem os pobres e os direitos fundamentais dos angolanos não era “caça as bruxas”? Com certeza que não era porque eles são bons vocês sabiam, mas porque não os defendíeis criticando as ações do Zedú? Antes eram os tribunais independentes a trabalharem bem e agora é o JLo a interferir na justiça? Na altura as cadeias eram palácios para os defensores dos angolanos mas agora perderam

condições para albergar os “bruxos” que empurraram os angolanos para miséria? Ainda bem que viveis em Luanda enfiados nas nossas vivendas de luxo construídas sobre a miséria, o sofrimento e o sangue dos angolanos de cabinda ao Cunene e de Benguela ao Moxico. Nem menos os bairros do Cazenga, do Morro Bento, de Viana vistais para verdes e sentirdes os direitos fundamentais dos angolanos?


Como as “bruxas” são muitas e as cadeias são poucas, que o Paulo Ganga, João Hungulo, (Milucha), Kangamba e muitas outras “bruxas” desta Angola, esperem a sua vez. Não se preocupem com a “seleção” dos primeiros arguidos. Há tempo para todas as “bruxas” comerem o pão que as forças demoníacas amassaram. Não se apressem a querer já ir para São Paulo. Até daqui a 40 anos há tempo, como está a acontecer com as “bruxas” da ditadura de Pinochet e da Segunda Guerra Mundial.


Viva a democracia e o combate as “BRUXAS”. Viva JLo, o caçador das “BRUXAS”.