Lisboa - A presidente da Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana (PADEMA), Luzia Moniz, garantiu hoje, domingo, em Lisboa, maior inserção da instituição, junto dos grupos mais vulneráveis de africanos na diáspora.

Fonte: Angop

Em declarações à Angop, a propósito da comemoração do 2º aniversário da PADEMA, assinalado no dia 20 do corrente mês, Luzia Moniz disse que para aquelas mulheres mais desfavorecidas, as que não têm voz a organização será a porta voz.

A responsável angolana acrescentou, que a organização tem um projecto de apoio a reinserção das mulheres africanas presidiárias.

“ Iremos a cadeia de Tires implementar esse projecto prepará-las pró pós prisão ou cadeia. É uma lacuna que as vezes se verifica na sociedade portuguesa. Vamos prepará-las usando a cultura delas ou seja a cultura africana, levar a cidadania às prisões as presidiárias esse é o nosso objectivo para já nos próximos tempos”, referiu.

Convidou todos a fazerem parte da PADEMA por ela ser uma Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana, não sendo exclusiva à mulheres, é o desenvolvimento da mulher que é feito por mulheres e homens.

“Nós não acreditamos numa sociedade em que seja apenas num sentido, e a força da organização será cada vez mais, a força da diáspora angolana, Moçambicana, por isso quanto mais formos mais fortes seremos e o meu apelo é também às instituições dos Estados Africanos que olhem para a PADEMA que a cariem a organização como um instrumento de desenvolvimento e de apoio a diáspora”, acrescentou.

Durante os dois anos de existência da Padema, Luzia Moniz fez um balanço positivo por ter conseguido colocar a organização no mapa em Portugal, na Europa e no mundo.

Luzia Moniz que conta com o apoio de uma equipe muito dinâmica da organização e com a solidariedade e as parcerias de uma série de instituições e individualidades conseguiram ainda neste período fazer da Plataforma membro fundador da Rede Parlamentar do Conselho da Europa para as Politicas da diáspora.

Ainda no âmbito internacional, a PADEMA é membro da Rede das Nações Unidas para a década Internacional dos Afro Descendentes.

Para assinalar o seu segundo aniversário, a PADEMA realizou uma tertúlia sobre as Relações de parentesco em África - Famílias Afrodescendentes.

Durante a cerimónia foram homenageadas com diplomas de Mérito diversas personalidades e instituições que se destacaram no apoio às causas da Organização.

Elsa de Noronha, poetisa moçambicana recebeu o diploma de mérito Mulher Africana de Excelência enquanto a embaixadora da Argélia Fathia Selman, o presidente do Instituto Luso-Árabe para a Cooperação, Manuel Pechirra e o ministro conselheiro da embaixada de Moçambique receberam diplomas de mérito Parceria Singular.

Os diplomas de mérito Parceria Institucional foram atribuídos à Universidade Lusófona e ao Alto Comissariado para as Migrações, num acto que contou com a presença do cônsul geral de Angola em Lisboa, Narciso do Espírito Santo, as embaixadoras da Nigéria Ngozi Ukaeje e da Colômbia, Carmenza Jaramillo, presidente da Associação das Mulheres embaixadoras acreditadas em Portugal.