Luanda - Dias antes da eleições legislativas Manuel Rabelais, pôs em marcha um amplo plano de acção, com inaugurações e doações à mistura, transformando-se numa autêntica central humanitária, oferecendo "presentes " a jornalistas seleccionados.


Fonte: Club-k

Rebelais corrompe e intimida a imprensa

O actual patrono da comunicação social, ou simplesmente, o “locutor” da área dos desportos que dispensa qualquer apresentações em Angola. Para tal, basta relembrar as deslumbrantes partidas históricas de futebol e basketbal durante os anos 80 e 90 entre 1 de Agosto e Petro de Luanda sem esquecer os confrontos aonde estivessem envolvidas as equipes do  Inter de Luanda, Petro do Huambo, Mambroa, 1 de Maio e por aí afora.


Segundo críticos atentos em “engenharias sociais”, o talento natural de Manuel Rebelais, a graça que deus o confinou, é de ser um jornalista desportivo com excelência. Um comentarista a invejar que em sociedades organizadas seria classificado como um astro em média tal como nos Estados Unidos consideram Larry King, Oprah Winfrey ou Barbara Walter.


Infelizmente, em Angola, a população esta consciente que o pólo mas alto na vida de um cidadão é ser político porque nesta área existe uma gratificação financeira incalculável e ao mesmo tempo imediata. O resultado desta mentalidade tem sido catastrófico.


É esta verdade de Manuel Rebelais que a imprensa estatal e privada omite descrever com o medo de sofrer retaliações políticas.


Os exemplos mas notáveis da desorganização organizada de Rebelais são:
- Privatização da TPA sem concursos públicos
- As comissões de reestruturação criadas na TPA e RNA
- Destituições selváticas dos directores da TPA e RNA
- Concessões facilitadas de alvarás ao grupo Média Nova


Paradoxalmente os críticos da imprensa privada não mencionam o mwata da Comunicação Social o real patrono das remodelações e atacam simplesmente os membros da comissões ou os directores dos órgãos beneficiários. Como se nãos bastasse, o nome de Rebelais nem sequer aparecem nos textos.


Política restritiva

A Imprensa privada foi um dos alvos desta acção selectiva do Ministério de Manuel Rabelais, com o objectivo de mantê-los menos agressivos nas suas críticas à acção governamental. Tal objectivo enquadra-se numa política bem delineada para amenizar e mesmo silenciar, através da auto-censura,  a divulgação de notícias que possam pôr em causa a imagem do patido do poder, que concorre ao pleito, com um forte aparato propagandístico, próprio de quem já ganhou as eleições.


Para o efeito, o Ministério da Comunicação Social estabeleceu acordos com algunas empresas fornecedoras de material informático e viaturas, onde os beneficiários vão levantar os ditos presentes. Casos da Novacer, Ecil, Ecomotor, esta última representante das viaturas da marca Daihatsu, que ultimamente circulam, pelas ruas de Luanda, nas mãos dos respectivos beneficiários, que, abalançados pelas ofertas, tornam-se autênticos cães de fila do regime, actuando na condição de simples delactores das pessoas que julgam serem contrárias às idéias do partido da situação.


Outros órgãos que  se recusaram a alinhar na política de subserviência ao regime, foram colocados fora da lista de apoios, apesar de preencherem os requisitos exigidos pelo Ministério, como sejam, situação fiscal regularizada, entre outros aspectos administrativos. Quer dizer, privilegiam-se  órgãos, cuja conduta esteja de acordo com a propaganda governamental, em detrimento dos que, procuram informar com verdade, os imensos males da governação e da visa social. Neste círculo de apoios incluem-se os órgãos estrangeiros, que entram e circulam em Angola, com o beneplácito do Ministério da Comunicação Social. Tais são os casos das revistas África Today, Lusofonia, África Lusófona. Não são contribuintes fiscais, mas recebem churudos apoios financeiros dos cofres do Estado. Ou melhor, com dinheiros dos contribuintes angolanos.


Angola, na sua campanha de branqueamento da sua imagem no exterior não se coibe de gastar exorbitantes somas  para alimentar no exterior lobbies de duvidosa eficácia política. Os jornalistas angolanos são preteridos, a favor de um clientelismo com grupos supostamemente "amigos" de Angola, recrutados sobretudo em Portugal, que nuca abriram portas aos emigrantes angolanos, nas respectivas redacções.


Angola não deve obviamente adoptar a mesma postura segregacionista de Portugal, pela sua opção de país, de características multirraciais, mas deve aprofundar cada vez mais, o conceito de defesa dos interesses sociais dos angolanos, concedendo-lhes a primazia nas oportunidades de emprego e afirmação nas várias áreas da vida activa.


Que o ministro Manuel Rabelais e sua entourage  revejam bem a sua política restritiva de concessão de apoios e possam incluir e atender, com base em critérios de justiça e oportunidades, os pedidos que estão "arquivados" nas suas secretárias. Em nome do respeito que devem aos angolanos, que são o verdadeiro motor do desenvolvimento e existência deste país.


Como nota final, as recentes ocorrências na TPA a título de exemplo tem a nobre complacência e suporte moral do ministério angolano da comunicação social.


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