Lisboa - Luís Marques Mendes é uma "figura" com "competência" e "visibilidade" e esses são os dois grandes motivos para que a Caixa Geral de Depósitos o tenha escolhido para a presidência da mesa da assembleia-geral do Banco Caixa Geral Angola.

Fonte: Lusa/CM

Os dois adjetivos foram avançados por Paulo Macedo, presidente executivo do banco público, na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses. Além disso, "há uma possibilidade de apoio" por parte do escritório Abreu Advogados, onde Marques Mendes é advogado, e que presta serviços em Angola, segundo adiantou o CEO.


Conforme noticiou o jornal Eco, Marques Mendes vai presidir a mesa da assembleia-geral do banco angolano, de que a CGD detém 51%, substituindo António Vitorino, que saiu para a Organização das Nações Unidas (ONU), e que o obrigou a sair de várias administrações, como do Santander Totta e da EDP.


O presidente da mesa é o responsável por dirimir dúvidas dos acionistas nas assembleias, sem qualquer papel executivo. Segundo explicou Macedo aos jornalistas, a escolha foi aceite por todos os acionistas.


Segundo o site oficial do BCG Angola, a Sonangol tem 25%, enquanto 24% estão nas mãos de empresários angolanos: Jaime Freitas (12%) e António Mosquito (12%).


"O acordo já foi obtido de forma unânime", disse. A desvalorização do kwanza angolano, face ao euro, foi um dos motivos para a quebra da margem financeira da Caixa Geral de Depósitos nos primeiros nove meses do ano, o que não impediu que o banco apresentasse lucros de 369 milhões de euros.