Lisboa – Fontes que acompanham de perto a política angolana manifestam receio que as promessas eleitoral do Presidente João Lourenço em “combater o compadrio e o amiguismo” no regime pode vir a ficar comprometida com certas ações dos seus ministros, que não estarão acompanhar a sua pedalada. De acordo com documentos em posse do Club-K, no passado dia 17 de Abril, a ministra da educação, Maria Cândida Pereira Teixeira "Milocas" nomeou – através do despacho 1245/18, o seu genro Alexandre de Sousa Costa "Alex" para o cargo de Director do Gabinete de Intercâmbio deste ministério. “Alex” Costa  é casado com a filha  da ministra identificada por Ines Texeira Costa “Né”.

Fonte: Club-k.net

Ministros não aderem luta  contra o nepotismo (estão de fora)

 Em Dezembro de 2017, Alexandre de Sousa Costa que estava como funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foi - através do despacho 4040/17, - enquadrado no ministério da educação em regime de destacamento Estagiário de Investigação, até a sua nomeação como Director do Gabinete de Intercâmbio.

 

De acordo com novos desenvolvimentos, ao notar que o genro, “Estagiário de Investigação” não estava a enquadrar-se com as suas responsabilidades”, a ministra exonerou-o e deu-lhe um segunda oportunidade nomeando-o para um outro cargo. Desta vez, como Secretario Permanente da Comissão Nacional para UNESCO, uma instituição que em Angola representa o Comité das Nações Unidas para a Educação, Ciência, Cultura e Desporto com sede em Paris. A Ministra da Educação é, por inerência de funções, a Presidente da UNESCO em Angola.

 

De recordar que em países, civilizados como Inglaterra, e outros na europa, os ministros independentemente do facto competência, estão proibidos – por lei - de empregar directamente pessoas próximas a sua família para cargos ministeriais. No caso de Angola, apesar de não haver lei que regule, estas praticas, as atenções a este fenómeno resultam das promessas eleitorais do chefe do executivo em por termo a estas praticas do passado, traduzida no lema “melhor o que esta bem, e corrigir o que esta mal””.

 

“Vamos trabalhar para que haja uma sociedade onde não haja gasosa, nem compadrio ou padrinhos na cozinha (…). Essa é uma luta que temos de vencer e eu acredito que vamos vencer porque a maioria dos cidadãos angolanos são honestos”, disse, confiante, João Lourenço que citou uma frase célebre do primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto: “Nós somos milhões e contra milhões ninguém combate. Quem tentar, será vencido”