Lisboa – O Ministro das relações exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto nomeou a semana passada,  Emanuel Nzita para em comissão de serviço exercer as funções de primeiro secretario da embaixada de Angola em Cabo Verde.

Fonte: Club-k.net

Há indicadores apontando que o chefe da diplomacia angolana  terá se enganado ao assinar o  despacho N1069/18,  que o Club-K teve acesso. O engano prende-se pelo facto de o nomeado Emanuel Nzita, tratar-se do filho do malogrado Henrique Nzita Tiago que sucedeu o seu pai na liderança da guerrilha da FLEC, em Cabinda. Emanuel Nzita é opositor politico   as autoridades angolanas a quem tem apelado para  mesa de negociações sobre o conflito armado em Cabinda. 

 

Respeitante a nomeação, fontes do Club-K, não tem duvidas  que o ministro Manuel Augusto terá  se  confundido com o nome de António Nzita Mbemba, que é também um outro filho do falecido Nzita Tiago mas que havia se distanciado das convicções politicas do pai, juntando-se ao regime angolano.  António Nzita Mbemba aproximou-se as autoridades angolanas por mediação  do então embaixador de Angola em Paris, Miguel Costa, tendo conseguido  com que fosse recebido pelo então Presidente José Eduardo dos Santos, em Abril de 2014. Na audiência manifestou disponibilidade em trabalhar pelo Estado angolano e o ex-Presidente orientou que o colocassem como diplomata junto da embaixada de Angola em Genebra, onde sempre viveu. 

 

Contactado pelo Club-K, o director do gabinete da presidência da FLEC, Osvaldo Buela, diz tratar-se de uma “grande confusão” e não tem duvidas que as autoridades angolanas terão feito confusão entre os nomes de António Nzita Mbemba e o de Emanuel Nzita que conduz a guerrilha armada no enclave de Cabinda.