Moxico -  O Governo angolano, a comunidade internacional, a sociedade civil e as igrejas juntam sinergias na sensibilização da recolha das armas num país que vem do cheiro da pólvora e cansada de tiros, isso para evitar outras possíveis dores, diminuir a criminalidade, cumprir a lei em tempo de paz. Faz-nos criminosos possuirmo-las em casa de forma ilegal...em fim uma série de razões nobres. Mas um país como é o nosso, rico, que conheceu um crescimento de dois dígitos admirando o mundo, actualmente comandando o recinto petrolífero africano, capaz dos partidos políticos fazerem promessas exuberantes durante as suas campanhas eleitorais...

Fonte: Club-k.net

As acções do governo deixam-nos apreensivos, muitas vezes em nome da modernidade “ que por trás tem os interesses dos gigantes militares desta terra com a ousadia do ditador governante”. O povo tem vindo a sofrer tanto. Porque tanta riqueza se a miséria e a dor não acaba? Na verdade a estranha modernidade que se confina em algumas estruturas de construção estão desenquadrada e exagerada em vários pontos que não nos importa aqui debruçarmo-nos, vistos não fazer parte do nosso objectivo nesta página. Prometemos trata-los no próximo artigo.
 
O que importa-nos aqui é pensarmos sobre as crianças que são postas fora do sistema de ensino pelas destruições, falamos das destruições ocorridas nos bairros do Iraque e Bagdad como um dos exemplos, sem o governo querer se responsabilzar, pondo cerca de 15 mil famílias ao relento como afirma O PAÍS (Edição nº 38, 31-07-09. pág. 20), zungueira morta pela polícia da ordem pública ( se é que o nome ordem pública vale a pena) acarretando vários problemas sociais, económicas, fazendo assim criminosos nas ruas públicas para depois quererem  justificar milhões que retiram no orçamento para a segurança insegura e tantas outras situações que conhecemos, remete-nos nas razões ditas nobres da entrega das armas ao suposto governo. E o povo que sofre com todos esses abusos, onde está o teu aguilhão?! Onde está escondido a sua soberania, onde está o seu valor? Quem te pôs este veneno da mornidão que não reages aos abusos de estrangeiro que governa em sua própria terra? Quem te enfeitiçou?.... Ninguém precisa se assombrar quando mata um bandido que estava preste a lhe matar.
 
São muitos que defendem e estou em crer que só Cristo deixaria ser morto nessas condições, mas do que sabemos o fez com um  fim nobre: para a libertação dos povos oprimidos. Quando uma vida é posta em causa, por qualquer que seja, temos o direito de defendermo-nos mesmo que seja necessária a morte deste sob pena do sujeito não valorizar a inviolabilidade de uma vida justa. A isso, além de ser chamada de legíma defesa também podemos chama-lo de morte sem punição necessária, embora sabemos que o tido como normal na legítima defesa é certa quando o defensor usar quase a mesma arma ou seja; se o sujeito bandido usar arma branca o defensor não pode usar arma de fogo, o que não concordo pelo menos pelas seguintes razões:
 
- O assalto é imprevisível e por esta razão nem sempre temos escolha do material ao nosso alcance;
 
- O que está em causa não é com o que o bandido me quer matar, mas sim a vida posta em causa, porque nem sempre dispomo-nos de agilidade de luta corpo a corpo com um ágil de assaltos e 
 
- Pensamos no caso de uma viúva a ser assaltada e posta em perigo de morte sua vida e a dos seus filhos por dois bandidos com armas brancas! Se ela possuir uma arma de fogo! Que fazer?!...
 
Mas o caso que nos deparamos em Angola é muito complicado e especial. Aqui cheira-nos o próprio governo a comportar-se como bandido, que deve o povo fazer? Não é nada fácil a situação. Com certeza que as opiniões divergem e convergem nalguns pontos. Importa-nos dizer que pelo uso constante das armas de fogo pelos organismos deste suposto estado quando quer fazer os seus prazeres não se importando com quem lhe concedeu o poder, achamos imperioso que não estamos em altura de entregarmos as armas e creio que já arrependidos por tê-lo feito alguns anteriormente, isso porque precisamos de apertar o gatilho quando as nossas vidas serem postas em causa, destruírem-nos as casas sem respeito, sem aviso prévio e sem negociação e usando sobre tudo armas de fogo, que vergonha! A entrega das armas significaria sentenciarmo-nos a morte porque estaremos vivendo desprotegidos não só dos criminosos do roque como também deste que deviam proteger-nos: o governo (que tem se virado contra o seu povo) ou seja, que podemos fazer quando o nosso segurança vira contra nós? Estamos cansados com o tipo de governação que o povo confiou nas urnas de Setembro ( e isso nos impõe uma interrogação: não foram fraudulentas ou foi tanto engano assim do povo?)

São vários os abusos que sofremos pela má governação desde lugar chamado Angola, tanta dor, sofrimento desmedido, impiedade firme, luta em vão do povo, muitas traições depois de “confiarmos” mais do que qualquer povo neste planeta nas eleições sob intenção de descansarmos das armas e dos maus tratos,... O que parece é que nada mudou! Tudo isso por aqueles que acham que a “ democracia e direitos humanos não enchem a barriga de ninguém” José Eduardo dos Santos. PR
 (MARQUEZ, Rafael & Falcão, R, Lundas: As pedras da morte,), mas é bom saberem que os direitos humanos enchem barriga da justiça, das pessoas, promove desenvolvimento e a democracia. Ou será que Angola institucionalizou a INJUSTIÇA?! Temos poucas dúvidas porque as pessoas neste país estão por cima das instituições e justamente os criminosos e gigantes da nação.

O que te resta ó povo? Não achas que é hora de organizarmos o que o governo desorganiza e não se interessa? De fazermos vincar o nosso poder em todas as formas possíveis para o nosso bem-estar? Comecemos enquanto é hora. Não é erro viver duas vezes a dor quando a segunda é por uma causa nobre.