Lisboa - A embaixada da Suécia, em Angola, contratou os serviços de relações públicas da “Djembe Communications” para um evento de cultura digno de promover as relações entre os dois países. Entretanto, esta mesma embaixada, está a ser vista em círculos independentes em Luanda, como estando a ignorar a campanha anti corrupção empreendida pelo Presidente João Lourenço ao contratar uma empresa constituída por fundos ilícitos cujos proprietários, José Filomeno dos Santos e Jean Claude Bastos de Morais estão detidos pelo desvio de 3 bilhões de dólares do Fundo Soberano de Angola.

Fonte: Club-k.net

A “Djembe Communications” opera na mesma morada do Banco Kwanza Invest, fundado por Bastos e Zenú. O assunto tem levado com que certos sectores questionem “como pode um embaixada ocidental com tanta informação pública não ter dado conta sequer que o endereço da ‘Djemba Communications’ é o mesmo do Banco Kwanza Invest, e que no passado já exposto foi exposto pela media angolana (Maka Angola) que serve apenas para desvio de fundos públicos.”

 

“Se a intenção era promover este acto cultural acaba por ver se envolvida por descuido ou por indiferença na promoção, na contribuição na manutenção de um negócio que o Estado angolano tarde ou cedo irá fechar/confiscar”, remata uma fonte atenta.

 

A “Djembe Communications” é o braço de relações públicas do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), criado pelo ex- PR, José Eduardo dos Santos e controlado pela rede Jean Claude Morais. Prestava serviços ao Fundo Soberano de Angola, ao Porto Caio de Cabinda (inicialmente gerido por Jean Claude), a Quantum Global. O seu website, apresenta o BNA na lista dos seus clientes, ao tempo do governador, Walter Filipe da Silva.

 

No passado a “Djembe Communications” esteve no centro de uma discórdia entre o ex- ministro das finanças, Armando Manuel e José Filomeno dos Santos que viu rejeitado o seu pedido para que esta empresa prestasse serviços de consultoria de comunicação institucional e relações publicas ao ministério das finanças. Zenú pretendia que o ministério das finanças pagasse mensalmente a quantia de 2 milhões de dólares a sua empresa. A rejeição de Armando Manuel, foi baseada no facto de que o ministério das finanças dispunha de uma direção de comunicação institucional e assinar um acordo com a “Djembe Communications” seria um acto de deslealdade para com o Estado.