Lisboa – O regresso de Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho na liderança do Banco Valor, coloca, segundo analistas em Luanda, o Banco Nacional de Angola (BNA) num cenário de contradições, enquanto esta instituição não se pronunciar publicamente o que terá acontecido sobre o impedimento que pesava sobre o bancário.

Fonte: Club-k.net

Processo de retirada de idoneidade não  existe 

O argumento da contradição é baseada no facto de há quatro anos, o BNA, sob comando de José de Lima Massano ter pedido a substituição de Álvaro Sobrinho na liderança do Banco Valor, tal como a substituição de dois administradores - João Moita e Lígia Madaleno (sua cunhada) - também alegadamente provenientes do BESA. A exigências do BNA, foram, na altura associadas ao “desfalque” no Banco Espírito Santo Angola (BESA), de que Álvaro Sobrinho, foi o seu Presidente da Comissão Executiva.

 

Na altura, o Nova Gazeta contactou o gabinete de comunicação institucional do BNA que admitiu “haver uma intenção”, mas “sem nada oficial” e, que por isso, o banco central “não avança com qualquer informação”.

 

Segundo fonte consultada pelo Club-K, o regresso de Álvaro Sobrinho deve-se ao facto de na altura o BNA, não ter dado seguimento ao processo administrativo que lhe retiraria a idoneidade bancaria. A fonte esclarece que houve apenas uma instrução do general da presidência, Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” ao governador José Massano, mas que terá ficado apenas no plano verbal.

 

Na última semana de Outubro, Álvaro Sobrinho foi pessoalmente ao BNA, tendo percebido a inexistência de algum processo que o impedisse de exercer atividade bancaria em Angola, razão pela qual retomou a liderança do Banco Valor, instituição de que é acionista.

 

Na sua edição desta semana, o Jornal “Valor Econômico” adianta que o banqueiro reforçou a sua participação e a posição de maioritário no Banco Valor, passando a deter 56,583% do capital, em vez dos anteriores 35,46%.

 

Sobrinho adquiriu as posições de Emanuel Madaleno (seu irmão), de Rui Miguês de Oliveira (Vice-governador do BNA) e de Frederico Cardoso (Chefe da Casa Civil do PR). O Banqueiro é PCA da instituição desde 31 de Outubro, mas ainda não teve a aprovação do BNA