Luanda - A ministra do Turismo de Angola, Ângela Bragança, considerou hoje que melhorar as acessibilidades e renovar as estradas são o principal desafio estratégico para potenciar o turismo no país, que tem "potencialidades quase ilimitadas" neste setor.

Fonte: Lusa

"As acessibilidades são o desafio estratégico número um, precisamos de estradas para fazer avançar o país, precisamos de estradas transitáveis, de enriquecer a oferta, uma maior divulgação de Angola e de promoção da imagem do país nos mercados emissores, mais qualidade urbana e ambiental", disse a ministra, durante a sua intervenção sobre o turismo no país.

 

Para Ângela Bragança, estas áreas, "a par dos serviços, são o que poderá constituir a fidelidade do turismo", disse, no discurso no painel dedicado a Angola, que decorre hoje na conferência Portugal Exportador, em Lisboa.

 

Passando em revista os principais desenvolvimentos neste setor, a ministra vincou que houve um decréscimo do número de turistas durante os anos mais graves da crise petrolífera e apontou que entre 2015 e 2017 "a crise teve os seus efeitos", nomeadamente a descida de turistas portugueses, cujo número passou de 130 mil para cerca de 77 mil no ano passado.

 

África e Europa continuam a ser os maiores mercados emissores, mas a governante salientou também o crescimento dos mercados emergentes, nomeadamente da China, e também das Américas.

 

Sobre as potencialidades do país, Ângela Bragança disse que eram "quase ilimitadas", destacando o Namibe, que poderá ser "a nova pérola do turismo em Angola", disse a governante, exemplificando que esta província tem "muita riqueza, deserto, sol, mar, uma baía lindíssima, muita história e pinturas rupestres com mais de 4 mil anos".

 

O plano diretor do turismo, concluiu, tem como objetivos principais a construção de infraestruturas e a promoção turística, tendo "metas ambiciosas, mas há que trabalhar para as alcançar".