Lisboa – A recondução de determinados funcionários nos cargos de chefia no banco estatal BPC tem estado a criar descontentamentos  baseados em reclamações segundo as quais a direção do banco terá apostado em quadros   que no passado inviabilizam “o processo de recuperação do crédito mal parado”.

Fonte: Club-k.net

Uma denuncia chegada ao Club-K, refere que os quadros reconduzidos “São vários os funcionários que no tempo de Paixão Júnior, utilizaram empresas de familiares próximos para receberem financiamentos sem as garantias exigidas, numa clara demonstração do atropelo ás regras e normas exigidas à nível do Banco para a concessão de financiamentos.”

Entre os reconduzidos são citados os nomes de Maria Efigênia Assunção “Linda”, ex-gerente na província do Kwanza Norte e depois no Balcão Central de Malange que acaba de ser nomeada como Sub-directora da Direção regional Norte.


Foi também reconduzido do cargo de Director de Marketing, Manuel Júnior que é casado com uma das irmãs do antigo PCA,  Paixão Júnior.


Na visão dos descontentes, alguns destes funcionários reconduzidos são notabilizados como criadores de “grandes dificuldades” ao gabinete de recuperação de crédito - GRC.


“Os técnicos dessa área perderam o rasto de cerca de 50% dos responsáveis das empresas que beneficiaram dos financiamentos (hoje considerado como Créditos Mal Parados), mas sabe-se que se fizerem uma auditoria externa, facilmente localizarão os responsáveis destas empresas que são na maioria dos casos, irmãos, primos, cunhados, de funcionários da instituição”, dizem as fontes.


Conforme alegam “há várias evidências dos esquemas usados por funcionários, e que já deveria ser feita uma Auditoria Externa, mas a falta de estratégia do actual PCA, Alcides Safeca, tem sido o calcanhar de aquiles da causa BPC.”