Brasil - Ricardo Noblat, especialista brasileiro ex responsável pela área de marketing político da Propeg, agencia que em 1992 fez a propaganda do MPLA revela que naquelas eleições o partido no poder não tinha programa de Governo.
Fonte: Globo/Club-k.net
Levantou-se tudo o que os ministérios faziam
ou imaginavam fazer algum dia
Noblat fez estas revelações a titulo de exemplo de uma candidata Brasileira que esta nas mesmas condições. Conta que na altura estava em Angola com os seus colegas “Geraldo Walter, Rui Rodrigues, Ana Maria Pacheco e mais cerca de 40 profissionais brasileiros tocando a campanha eleitoral do Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) e do presidente da República José Eduardo dos Santos.”
“A dois meses de ir ao ar o primeiro progama de propaganda eleitoral gratuita na rádio e na televisão, nos damos conta de que nem o MPLA nem o presidente tinham um programa de governo.” Conta lembrando que “Era a primeira eleição da história de Angola, colônia de Portugal até 1975 e desde então envolvida numa guerra civil que produzira o maior número de vítimas de minas terrestres no mundo.”
Segundo conta “Foi uma correria para montar o programa. Levantou-se tudo o que os ministérios faziam ou imaginavam fazer algum dia. Assim nasceu o Programa de Aceleração do Crescimento de lá. Que não tinha esse nome.”
Referindo se ao caso Brasileiro na qual usou o caso de Angola para exemplificar, o especialista prossegue o pensamento dizendo que “O PAC daqui é isso - o conjunto de ações governamentais em curso ou previstas. Nada demais. E um pouco de menos para sustentar sozinho uma candidatura a presidente. E uma candidata solitariamente escolhida pelo presidente que quer tê-la como sucessora. Pra se eleger, Dilma terá de ser muito mais do que simplesmente a mãe do PAC e a candidata de Lula.”
De referir que semelhante a 92, o MPLA voltou a recorrer a empresa brasileira Propeg para trabalhar na sua campanha eleitoral. Antes de Setembro do 2008 tinham chegado ao país 58 profissionais brasileiros que no terreno se juntaram a 61 angolanos recrutados localmente. O coordenador do grupo foi o jornalista Carlos Monforte, um dos rostos mais conhecidos da Rede Globo durante as últimas três décadas