Luanda - Os angolanos precisam de acabar com a “escola do medo” para que o seu país possa viver num verdadeiro clima de democracia, disse o activista e jornalista Rafael Marques.

*João Marcos
Fonte: VOA

Marques falava em Benguela num encontro promovido pela organização não-governamental OMUNGA em que participaram cerca de 100 pessoas onde afirmou que a sociedade angolana “foi construída com base no medo”.

 

“O medo passou a ser uma escola de instrução obrigatória que nos tem instruído contra a liberdade de expressão, contra os valores morais contra o respeito pela dignidade humana contra o bem comum”, disse o activista que recentemente teve um encontro com o presidente João Lourenço.

 

Para Rafael Marques essas “escola do medo escola do medo foi instrumental na educação para a injustiça no enraizamento da cultura de impunidade, da institucionalização da corrupção, desprezo pela cidadania e de consagração do oportunismo como agentes da submissão nacional”.

 

O activista disse no entanto haver sinais de que os angolanos estão a perder o medo fazendo notar as recentes manifestações de jovens contra o desemprego.

 

Essas manifestações, disse, são também “parte do exercício da democracia”