Washington – Em círculos próximo ao ministério da Defesa Nacional, deu lugar  a debate a volta dos últimos despachos assinados pelo ministro Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, em que nomeia a cidadã nacional Lwana Ribas de Matos, 31 anos, para o cargo de Adida-Adjunta de Defesa Nacional junto da Embaixada da República de Angola, na República de Portugal.

Fonte: Club-k.net

O debate está a ser motivado pelo facto de Lwana Matos ostentar igualmente a nacionalidade portuguesa. De acordo com argumentações, a convenção de Viena sobre relações diplomáticas e consulares não proíbe a nomeação de cidadãos com dupla nacionalidade. Porém, é o próprio regulamento militar das Forças Armadas angolanas (FAA) que proibi tais praticas, uma vez que os militares tem obrigação de jurar bandeira (não se jura duas bandeiras ao mesmo tempo).

 

A nova adida Lwana Matos é filha do malogrado general angolano Rui Guilherme de Matos. Nasceu em Lisboa, nacionalidade portuguesa, e viveu neste país durante a fase adulta. Em Angola esteve ligada ao regimento da polícia militar das FAA, e até a data da sua nomeação estava lecionar na escola superior de guerra de Angola.

A sua nomeação, e de outros em situação similar tem dividido opiniões, em meios ligados ao ministério da Defesa Nacional. Há correntes alegando que do ponto de vista de segurança, a nomeação foi incorreta devido a sua condição de dupla nacionalidade. Porém, vozes mais sensíveis alegam que a jovem estará com problemas de saúde e a nomeação terá sido a forma mas acertada que as autoridades encontraram para manterem-na na capital portuguesa para se tratar. No plano laboral, segundo explicações, a mesma será auxiliada por adido auxiliar, capitão Euclides Diónides Augusto.

 

Também em Julho passado, o ministro da comunicação social de Angola, nomeou Victor Manuel Branco Silva Carvalho, como adido em Lisboa. Carvalho é igualmente detentor de nacionalidade portuguesa. Veio a Angola na véspera das primeiras eleições de 1992, como correspondente da agencia Lusa. Requereu nacionalidade acabando por ficar em Luanda até aos dias de hoje. Um antigo adido angolano em Lisboa, António José Ribeiro, detém também nacionalidade portuguesa. O mesmo acontece com o ministro da comunicação social, Aníbal João Melo que também tem passaporte português.