Lisboa  – Há suspeitas consideradas fundadas da ocorrência de práticas incorrectas  em larga escala na Somoil, a petrolífera privada que tem como acionistas figuras como Manuel Domingos Vicente, Desidério da Graça Veríssimo e Costa, José Carlos Paiva entre outros. Documentos  em posse do Club-K, indicam que os esquemas estão a ser feito por via de sobrefacturação no orçamento de trabalhos de construção da empresa no município do Soyo.

Fonte: Club-k.net

 

Dentro das suas responsabilidades sociais, a SOMOIL, segundo o seu website, “patrocina organizações sem fins lucrativos e organiza programas que contribuem para o desenvolvimento e bem-estar das populações nas zonas da sua actividade”. Há 10 anos construiu a escola Pangala (de duas salas) no município do Soyo adjudicada a empresa FDF - Comércio Geral, Construção Civil e Prestação de Serviços, Limitada.

 

Este ano a escola Pangala apresentou sinais que requeriam obras de restauros tendo a Somoil lançado recentemente o concurso público para a sua reabilitação. A empresa FDF que construiu a escola há 10 anos, concorreu para a reparação apresentando uma proposta de cerca de 50 mil dólares americanos. Entretanto, a direção da Somoil optou um orçamento mais caro, neste caso o da empresa ConstruSoyo, Lda que apresentou uma proposta de 460 mil dólares americanos, conforme consta nos documentos em posse do Club-K.

 

A ConstruSoyo – construção civil, limitada é uma empresa fundada, aos 20 de Maio de 2011, pelo angolano José Correia Matos Dias. Contudo. 

 

Conclusão: A escola de duas salas foi reabilitada ao valor de 460 mil dólares por uma empresa ligada ao PCA da Somoil. As obras iniciaram no passado dia 12 de Outubro e com o prazo inicial de 30 dias. No dia 7 de Novembro, o empreiteiro e engenheiro Paulo Mendes Silva entregou a obra em nome da ConstruSoyo – construção civil.

 

Sobrefacturação na construção armazém no Soyo

 

Entre o mês de setembro/Outubro do corrente ano a Somoil, viu-se na necessidade de construir um armazém na Quinfuquena, município do Soyo, Zaire, para acomodar o material do bloco que desde 2015 é mantido num armazém arrendado na base do Sonils junto ao porto de Luanda.

 

Para construção do armazém na base de Quinfuquena no Soyo, foi apresentado uma proposta de 1,5 milhões de dólares pela empresa Afriperfil mas o trabalho foi adjudicado a um consorcio cujo orçamento ficou em cerca de três milhões de dólares. O consorcio contratado é citado como sendo da conveniência da direção   da Somoil.

 

Tendo em conta que todo projecto acima de um milhão de dólares deve passar pela aprovação da Sonangol na sua qualidade entidade reguladora do sector, a direção da SOMOIL, de forma a escapar a aprovação da petrolífera estatal repartiu o orçamento de três milhões de dólares em três facturas ficando da seguinte forma:

1 – Um milhão de dólares a empresa Dimeta/Agrinsul para a construção do armazém


2 – Perto de um milhão de dólares (USD 991 879) a empresa PLX - Instalações e Manutenção, S.A. para construção da laja exterior do futuro armazém

 

3 – Quase um milhão de dólares (USD 957 000) para a transGas, S.A para o transporte dos equipamentos e matérias nos armazéns da Somoil dentro da SONILS de Luanda para as instalações da Somoil Quifuquena, no município do Soyo.

 

Recentemente a Somoil, afastou o director de contractos, Adilson Paulo por se ter recusado “alterar” valores de contratos do interesse da direção.

 

A semana passada toda a equipa de “procurament” da Somoil foi despedida. A empresa esta neste momento sem uma equipa para tratar da compra de material.

 

Consultorias com a 3GMC - Projects

 

Ainda sobre as alegadas promiscuidade na Somoil, o Club-K, apurou sobre a contratação da empresa 3GMC - Project Management Company, S. A que está a prestar trabalhos de consultoria neste petrolífera privada. Apesar de estar em nome de Arménio Shoerdor Coimbra, Marcelino Mário Lumbo e António Cardoso da Fonseca, há pareceres apontando a 3GMC - Project Management Company, S. A, como tendo como um dos “takeholder”, Joaquim Kiteculo, o director da área de projectos da Sonangol e consultor  do conselho de administração  da Somoil.

 

A 3GMC - Project Management Company, S. A esta engajada na feitura de projectos de instalação de equipamentos que no entender de fontes competentes tal projecto serve apenas para “tirar dinheiro dos cofres da Somoil”.