Luanda  – A crise na indústria dos petróleos afecta as empresas grandes e pequenas. Desde 2014 com a dramática queda nos preços do ouro negro a então pujante indústria de petróleos de Angola foi forçada a reduzir os investimentos e a cancelar vários projectos. Assim vimos assistindo também a despedimentos massivos, ao desaparecimento de muitas pequenas empresas nacionais do tal chamado conteúdo local.

Fonte: Club-k.net

Na época do boom dos petróleos as empresas de petróleos eram também os grandes filantropistas que patrocinavam tudo, escolas, hospitais, habitação para trabalhadores, artes e cultura e claro o desporto rei futebol.


A crise é transversal i.e. afectou as grandes e as pequenas empresas como a Somoil uma das poucas empresas locais que produz petróleo em terra e no mar. Esta petrolífera privada que tem como accionistas e directores antigos quadros dos petróleos.


A Somoil foi forçada a reduzir também a sua força de trabalho primeiro os expatriados e agora também os nativos. A Somoil enfrenta uma profunda crise de liquidez e várias empresas não são pagas a tempo.



Estas reduções de pessoal têm elevado o clima de tensão na empresa.


A Somoil tal como muitas empresas de Angola sofre de vários problemas conjunturais da nossa sociedade desde nepotismo, excesso de forca de trabalho (aposentados e jovens sem experiencia), baixa eficiência laboral assim como a Há suspeitas consideradas da ocorrência de práticas de corrupção na Somoil.


Com uma nova direcção apesar destes esforços ainda há muito para se fazer, pois a empresa tinha excesso de motoristas e staff administrativo sem experiencia e muitos poucos engenheiros do core business.

Instalações antiquadas

A Somoil herdou instalações antigas da Ex Fina Petróleos e do Ex Bloco 2 da americana Texaco. São instalações com mais de 40 anos e que infelizmente foram mal geridas. Assim tal como já reportamos a Somoil tem sido denunciada pela população do Soyo pelos vários derrames em terra.



Assim para acalmar as populações e granjear simpatias e dentro das suas responsabilidades sociais, a SOMOIL, segundo o seu website, “patrocina organizações sem fins lucrativos e organiza programas que contribuem para o desenvolvimento e bem-estar das populações nas zonas da sua actividade”.


Outra decisão difícil este ano a Somoil, viu-se na necessidade de construir um armazém na Quinfuquena, município do Soyo, Zaire, para acomodar o material do bloco que desde 2015 é mantido num armazém arrendado na base do Sonils junto ao porto de Luanda ao custo anual de USD 3 milhões por ano cujos preços são demasiado exorbitantes para a industria.


Recentemente a Somoil, já teve dois directores de contractos, e a semana passada toda a equipa de “procurement” da Somoil foi despedida. A empresa esta neste momento a recrutar pessoal mais serio e experiente vindos das outras petrolíferas.

Consultorias vs. Pessoal da companhia

Constatou-se que em varias áreas criticas a Somoil não detém quadros nacionais com a experiencia necessária assim recorre muito a contratação de consultores. Esta prática lesa a empresa pois no final dos contractos os conhecimentos não é repassado aos locais.



Com um grande passivo de equipamentos obsoletos, pipelines corroídos e equipamentos em ma condição de operações a Somoil para sobreviver como empresa terá de investir nas pessoas locais, treina-las, acarinha-las e finalmente fazer investimentos lógicos para substituir o ferro velho pois segundo nossas fontes os campos de petróleo ainda tem muitas reservas que podem ajudar o Pais neste quadro de declínio da produção.


* Consultor  de empresa