Luanda - Como académico, sinto-me na obrigação de buscar entender qualquer fenómeno socioecónomico, Politico etc... a luz da ciência.

Fonte: Club-k.net

Hoje, pus-me a busca de um entendimento científico com base numa pesquisa profunda sobre as razões política objetivas que estiveram na base da quebra do Estado angolano.


Tomei contacto com o livro do filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, com o título ́ ́DO CONTRATO SOCIAL ́ ́, NA SUA PÁGINA 119-121 com o subtítulo ́ ́Do Abuso do governo e de sua tendência a degenerar ́ ́ e entendi o que passo a narrar: J.J Rousseau, diz que uma das formas de um estado se dissolver [Como foi o caso do ESTADO angolano em que se verificava uma grande desorganização na qual não se entendia onde terminava os poderes do órgão Governo e onde começava o poder do ESTADO], é quando o Príncipe [para o caso de Angola que é uma República Democrática Presidencialista, o Presidente da República], não mais administra conforme as Leis [Podemos aqui considerar a Constituição da Republica] e usurpa desse modo o poder soberano ou seja, torna-se ele o estado munido do poder soberano [ex. Numa situação de conflito por causa da apropriação indevida de uma parcela de terra por parte de um cidadão com cargo no governo, ou membro do partido da situação a justiça deixa de se fazer sentir a favor do cidadão proprietário legal do terreno].


Isso faz com que no lugar do estado surge o governo, que dessa forma rompe o pacto social [como podemos ver no exemplo acima considerado].


Resultado, todos os simples cidadãos munidos de direito em sua liberdade natural são forçados [ex. a pertencer ao partido da situação], mas não obrigados a obedecer [ex. os 15+2].


E continua o filósofo dizendo que, quando o Estado se dissolve seja qual for o abuso do governo toma o nome de ANARQUIA.


Logo, posso assim concluir que os cofres ficaram vazios quando o Estado deixou de ser (se é que alguma vez foi), o PODER SOBERANO à luz do pacto social à Constituição da República por usurpação de um dos seus Órgãos, o Governo.


Portanto, operação resgate, resgata primeiro o Estado, para que daqui a 4 e talvez mais 5 anos os cofres não ficarem outra vez ́ ́vazios mas não zerados ́ ́.

Manuel André Ingue (Contabilista)

Luanda,26/12/2018