Luanda - O Banco Prestígio inicia este ano a concessão de crédito de investimento, depois de ter aumentado, em Dezembro último, o seu capital social de AKz 2,5 mil milhões para 7,8 mil milhões.

Fonte: Angop

Segundo o seu administrador, Manuel Nicolau Diogo, o banco está agora em condições de apostar na concessão de crédito de investimento, por haver uma "almofada financeira".

 

Em declarações à Angop, explicou que até agora o banco concede apenas crédito de curto prazo para apoio às operações de tesouraria de clientes.

 

Até 21 de Dezembro de 2018, o Banco Prestígio tinha um capital social mínimo que rondava os AKz 2,5 mil milhões, cinco milhões abaixo do agora exigido pelo BNA.

 

A adequação dos fundos próprios regulamentares surgiu na sequência do aviso nº 2/2018 do Banco Central, publicado em Fevereiro de 2018, que orientava todos os bancos comerciais a aumentarem o capital social, de AKz 2,5 mil milhões para 7,5 mil milhões de kwanzas.

 

Até 31 de Dezembro último, quem não cumpriu a orientação do Banco Central deixará de operar no país.

 

O administrador do Banco Prestígio, Manuel Nicolau Diogo, referiu que antes mesmo do aviso do BNA já havia por parte do banco a pretensão de aumentar o capital social, mas só não o fez devido às dificuldades decorrentes da crise.

 

Referiu que os bancos que iniciaram a sua actividade em 2014 se confrontaram com o desequilíbrio macroeconómico, uma situação que afectou a sua actividade e o Banco Prestígio não ficou de fora.

 

Apesar das dificuldades apresentadas, reiterou apoiar a iniciativa de estabilização do sistema financeiro nacional e do desenvolvimento económico e social do país”, daí o banco ter cumprido com a orientação do BNA.

 

O banco iniciou actividade em 2015, tendo registado naquele ano um resultado negativo, mas no ano seguinte (2016) apresentou lucro líquido de AKz 36 milhões.

 

Em 2017 aumentou para AKZ 278 milhões e em 2018 o valor antes do imposto atingiu AKZ 2,3 mil milhões.

 

Consta também das perspectivas do Banco o aumento do número de balcões de investimento, tendo como prioridades os locais onde existe iniciativas de negócios e movimentação de capitais, para atracção de potenciais investidores.

 

Mencionou o Talatona, município de Belas, Gika como sendo os locais prioritários para as instalações de balcões de investimentos, de modo a reduzir a dependência de apenas um balcão de investimento, localizado na Avenida Rainha Nginga, no município de Luanda.

 

No aviso de Fevereiro, o governador do BNA, José de Lima Massano, determinou o aumento do capital social mínimo legal para 7,5 mil milhões de kwanzas, medida que passou a ser a “condição indispensável” para os bancos operarem em Angola.

 

Para tal, os bancos operadores com capital inferior ao novo mínimo exigido podiam aumentá-lo mediante a “emissão e subscrição de novas acções”, ou por via da “incorporação no capital social de reservas legais, reservas livres ou resultados do exercício, desde que auditados”.

 

Os bancos que não alcançassem os mínimos previstos, segundo o aviso, poderiam fazer fusões ou ainda alienar a actividade a uma ou mais instituições bancárias autorizadas.