Luanda - Chama-se Maria Zé da Silva, antiga funcionária da Sonangol Distribuidora é acusada de ter burlado mais de 10 pessoas, prometendo-as dar por penhora uma vivenda em seu nome, localizado no Condomínio da Sonangol, Complexo Girassol em Luanda Sul (Jardim de Viana).

*Carlos André
Fonte: Club-k.net

Fontes convergentes, atestam que a suposta burladora terá recebido a título de empréstimo, valores que variam de sete à vinte cinco milhões de kwanzas e, como garantia, dava as chaves da residência e uma procuração irrevogável como hipoteca em caso de não conseguir restituir os valores.

Acontece, porém, é que Maria Zé da Silva terá recebido dinheiro há várias pessoas com as mesmas garantias. O facto só veio à tona quando, na impossibilidade de restituir os valores, a cidadã em causa furtava-se dos encontros marcados e deixou de atender os telefones.

 

Desesperado, um dos lesados dirigiu-se então ao imóvel para aferir se o mesmo estava avaliado ao valor do empréstimo e para o seu espanto, quando lá chegou, encontrou não uma família a residir na vivenda e outros dois que estavam ao lado de fora a reclamar a titularidade do imóvel em função da procuração irrevogável e das cópias de chaves que tinham em mãos.

 

Os lesados suspeitam que há pessoas nos cartórios de Luanda que estão envolvidas no caso e que têm estado a facilitar a suposta burladora a tratar procurações várias para um único imóvel.

 

“Como é possível, tratar-se várias procurações para um único e imóvel e com nomes diferentes”? Questionam-se os lesados.

 

A também conhecida como antiga patroa das lavandarias de Luanda, Maria Zé da Silva, acabou por perder o negócio de lavagem de roupas por práticas indignas e como se não bastasse, a mesma não demonstra vontade em resolver o assunto de forma pacífica e por isso recorreu aos serviços da advogada Luísa Rangel de quem tem tido a protecção.

 

À advogada Luísa Rangel, são atribuídas atitudes consubstanciadas em ameaças aos colegas advogados nas reuniões de trabalho.

 

Apesar do processo já ter sido entregue ao Ministério Público, os lesados suspeitam que a culpa venha a morrer solteira, a julgar pelo andamento do processo. Por isso, apelam as instâncias de direito para que dêem mais atenção ao assunto e que a justiça seja feita.