Sumbe – A população do Cuanza Sul não quer que o novo governador Job Castelo Capapinha cáia na desgraça daqueles que por aqui passaram e foram alvos de malefícios como corrupção, nepotismo, bajulação, intrigas e abcentismo.

* Adriano Menezes
Fonte: Club-k.net


Estes e outros males que há muito dominam a labuta de responsáveis do aparelho do Estado a nível do Cuanza Sul, estiveram na base do não desenvolvimento da província em todos segmentos.

 

O cidadão João Luís fala na primeira pessoa:  Agradecemos ter um novo governador. O desafio que eu deixo para o governador é que vele mais para as nossas infra-estruturas e não só, melhorar a comunicação entre vias secundárias e terciárias. Nós esperamos que ele dé continuidade daqueles projectos que foram visados a partir do governo central. Que trabalhe mais com a juventude e não só, para dar resposta aos problemas inerentes a nossa província e do nosso município. Olhar para cada município, quais são as piores dificuldades e daquilo fazer ao que chamamos de um plano director”.

 

A cidadã Aznáide Rosa Morais diz:  Gostaria que o governador visse o problema das estradas, depois as infra-estruturas falta de pintura, remodelação e iluminação nas ruas da nossa cidade principalmente na marginal do Sumbe, está muito escura”.

 

O municipe Pinto Serafim Marcos convida o novo governador estender tapete esfaltíco às estradas. “Além de estradas, gostaria que criasse oportunidade de emprego para os jovens, combatesse a delinquência e medicamentos para os hospitais”.

Alcínia Morais recomenda ao novo governador a trabalhar mesmo bem. “Vê a situação da cidade, há muita poeira, as estradas estão mesmo mal e para não camuflar as coisas, fazer as coisas mesmo como devem ser”.

Job Capapinha ainda se encontra em Luanda depois de ter sido já empossado há mais de uma semana pelo Presidente da República, João Lourenço. Circulam informações que as condições de habitabilidade estão na base da não vinda até agora de Capapinha ao Cuanza Sul uma vez que o palácio da cidade do Sumbe se encontra em reabilitação.

UNITA REAGE

Ainda em torno de uma governação participativa, a UNITA já reagíu na pessoa do seu secretário provincial, Armando Kakepa, que aconselha a procura de soluções credíveis para resolver os problemas que afectam as populações sem ter deixado de apelar ao respeito pela vida humana, a transparência na gestão da cisa pública e o monopólio das terras.

 

“Procurarmos soluções credíveis, problemas que afectam as nossas populações mormente a saúde, a educação, o emprego, remuneração justa de todos os trabalhadores, a habitação, energia e água potável, fomento da agricultura e pecuária, a falta de transparência na gestão da coisa pública, os dinheiros roubados pelos dirigentes, o monopólio das terras e não só, e o respeito pela pessoa humana”, disse.

 

Armando Kakepa lança um apelo no sentido de se valorizar os quadros locais uma vez que segundo disse, eles existem e com qualidade aceitável deplorando desta feita a importação dos mesmos facto que propicia o descaminho do erário público e lança um veemente apelo ao governo central para não olhar o Cuanza Sul como filho adoptivo no seio familiar.

 

O político vai mais longe e diz que o seu partido está disposto a colaborar com ideias construtíveis desde que Job Capapinha tenha ouvidos de ouvir e acatar os conselhos. “Temos quadros capazes e capacitados para dar o seu contributo no desenvolvimento multifacêtico da província do Cuanza Sul, o que falta são oportunidades. Os governos provinciais não devem limitar-se somente trabalhar de forma ímpar, ou seja, com militantes de um só partido, devem sim trabalhar de forma abrangente porque os cérebros não têm bandeira, a única bandeira é o ser humano”, concluiu.

O QUE DIZEM AS REDES SOCIAIS

E nas redes sociais mormente no WatsApp do grupo Angwa-Chingo e os Sem Terra no Facebook, continua o grito de socorro ao Presidente da República para nomeação de outro dirigente para o Cuanza-Sul contestando a de Capapinha.

 

No Angwa-Chingo por exemplo, apontam Job Capapinha como negociante de terras pelo antecedentes, a quando passou pela  administração do Kilamba Kiaxi. 

 

Já os Sem Terra apontam Capapinha como finório e acreditam que alguns municípios longínquos do interior vão ficar meses à fio sem conhecer o governador. No facebook apontam Capapinha como um sem ideias concretas para catapultar a província para outros patamares pois segundo dizem, o novo governador do Cuanza Sul é mais populista que popular. 

 

Sabe-se que o atraso de Capapinha chagar ao Cuanza Sul deve-se ao facto de, ele estar encetar contactos junto do INEA em Luanda para disponibilizar equipamentos para reciclagem das ruas na cidade do Sumbe, um trabalho considerado desnecessário até porque o Sumbe deixará de ser cidade e passará para bairro. O que se precisa para o Sumbe é trabalho de fundo com infra-estruturas estruturantes e não recelagem das vias dentro da cidade, isto pode ser feito sim na periferia.

 

Segundo informações do GCI do governo local, Job Castelo Capapinha chega ao Cuanza Sul na próxima sexta-feira 11 de Janeiro de 2019.