Luanda - A administração do Banco Mais realizou “todos os esforços e diligências” para evitar que o banco central revogasse a sua licença bancária, revelou a gestão do banco, em comunicado. Agora, está disponível para colaborar com todas as entidades no sentido de honrar os compromissos.

Fonte: Jornal Mercado


Em comunicado enviado às redacções, a gestão do banco – que, tal como o Banco Postal, viu a sua licença revogada, na passada sexta-feira, por incumprimento do capital social mínimo obrigatório a partir de 1 de Janeiro deste ano – diz-se “disponível para acatar todas as instruções que sejam emanadas pelas autoridades competentes neste processo”.

 

“Tão-logo sejam dadas instruções acerca dos procedimentos a serem adoptados para com os direitos dos seus clientes, dos colaboradores e dos parceiros, serão os mesmos contactados para a promoção das diligências necessárias ao asseguramento desses mesmos direitos”, refere o documento.

 

A administração sublinha que, na origem do fecho do banco, não esteve um processo de falência, mas uma “deliberação” do Banco Nacional de Angola no sentido da sua “dissolução e liquidação administrativa”.

 

“Apesar de todos os esforços e diligências promovidas pelo Banco Mais para que tal decisão [do BNA] não fosse proferida, é propósito continuar com as diligências necessárias junto à autoridade reguladora e às demais instituições para que seja a situação resolvida a contendo, no respeito pela legalidade e pela defesa da confiança no sistema financeiro angolano”.

 

O Banco anuncia ainda ter lançado uma “linha telefónica de apoio informativo [+244 935970290], à disposição de todos os seus clientes, colaboradores e parceiros, podendo ser utilizada durante o período normal de expediente”.

 

A reacção do Banco Mais contrasta com a dos accionistas do Banco Postal, que afirmaram ponderar recorrer a instâncias judiciais para reverter a falência anunciada sexta-feira pelo BNA, alegando que “a decisão tomada está ferida de ilegalidade”.

 

Os bancos viram as suas licenças revogadas por não terem sido capazes de cumprir um instrutivo que, em Março, impôs um prazo, expirado a 31 de Dezembro, para o aumento do capital social e fundos próprios regulamentares para 7,5 mil milhões Kz.