Luanda - O Presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA), Adelino Marques de Almeida rejeitou conselhos expostos num comunicado tornado público, esta semana,  pelo Sindicato de Jornalistas de Angola,  a volta dos conflitos internos que este órgão regulador  enfrenta.

Fonte: Club-k.net

Falando nesta quinta-feira (17), a rádio MFM, Adelino Marques de Almeida diz  não reconhecer competência ao comunicado do SJA, argumentado que a sua instituição responde a Assembleia Nacional, órgão que aprova a indicação dos conselheiros da ERCA.

 

Também ouvido pela Rádio MFM, o Secretario Geral do SJA, Teixeira Candido reafirmou a posição do comunicado do sindicato  sua agremiação  lembrando que o Sindicato é parte interessada na harmonização da ERCA, por estar nela representado, por um membro, Reginaldo Telmo Augusto da Silva.

 

Os conflitos internos da ERCA teve o seu ponto mais alto depois de o seu presidente Adelino Marques de Almeida ter preparado uma proposta a Assembleia Nacional para a perda de mandato do conselheiro Carlos Alberto.

 

Adelino de Almeida invoca que Carlos Alberto abordou assuntos da ERCA, fora da instituição e que por conta disso foi lhe aberto um processo disciplinar razão pela qual propõe o seu afastamento da organização.

 

O Presidente da ERCA invoca também que Carlo Alberto teve “mais de oito faltas injustificadas” e que nesta condição, “infringiu de forma grave o artigo 9º do regimento, bem como a alínea b) do nº 1 do artigo 19º e de forma reincidente a alínea c)do artigo 21º da lei nº 2/17 de 23 de Janeiro.”

 

Em notas tornadas públicas, o jornalista Reginaldo Silva que também integra a ERCA, demarca-se da conduta de Adelino Marques de Almeida esclarecendo que “As últimas faltas de Carlos Alberto em abono da verdade foram o resultado de um desentendimento, pois ele decidiu gozar as suas férias que constavam do plano e o Presidente entendeu que ele não tinha solicitado autorização.”

 

“Foi isso o que se passou e foi por isso que lhe foram aplicadas as faltas, que agora servem de pretexto para esta tentativa de convencer o Parlamento a retirar-lhe o mandato, isto numa altura em que o processo ainda requer um parecer do Conselho Consultivo da ERCA que ainda não foi constituído.”, descreveu Reginaldo Silva, na sua pagina no facebook, lamentando que “Mais grave no meu entendimento é o Presidente da ERCA justificar dezenas de outras faltas sem qualquer razão aceitável nos termos da lei e sem qualquer comprovativo.”