Lisboa – O Tribunal Provincial de Luanda refez as acusações contra o empresário marfinense, Dabine Dabire (na foto), que inicialmente estava a ser acusado de “factos que configuram a pratica de crime de burla por defraudação (ao Estado angolano), associação criminosa, corrupção activa e trafico de influência”.

Fonte: Club-k.net

Nova acusação: Burla de mobílias para o seu  escritório

Dabine Dabire que chegou a Angola a dois anos, teve vários contactos com responsáveis do governo ao tempo do Presidente José Eduardo dos Santos tendo se comprometido investir “bilhões” de dólares americanos em projectos de construção de bairros-piloto no interior do país. Em Maio de 2018, o Serviço de Investigação Criminal o deteve por alegas suspeitas de que os seus projectos não era fiáveis, acusando-o de alegada “burla ao Estado” e outros crimes.

 

Durante as últimas semanas foram ouvidos vários dirigentes angolanos com quem o mesmo se reuniu em Luanda e que terão feito declarações ao juízes que se coincidem quando aos projectos do empresário. Ficando provado que que o mesmo não terá cometido crimes de burla contra o Estado, o Tribunal de Luanda mudou a sua acusação. Contudo, fontes em Luanda, entendem que a mudança de acusações denota intenção de o condenarem por outro crime, para evitar com que o empresário marfinense seja indeminizado por ficar largos meses na prisão.

 

No novo despacho de pronuncia, emitido pela a 1a secção da sala dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda, o empresário Dabine Dabire é agora acusado de ser autor de “um crime de burla por defraudação, um crime de falsificação de documentos e um crime de uso de documentos falso”.

 

No crime de burla por defraudação, Dabine Dabire é acusado de ter burlado mobílias aos cidadãos Felisberto Fernandes, Humberto Gouveia Alexandre e Lasi Miralis.

 

O documento da pronuncia que o Club-K teve acesso, indica que o ofendido Felisberto Fernandes queixa-se ter vendido a Dabine Dabire as mobílias que o empresário marfinense usou para as suas duas suites (Chalés 15 e 16) que arrendou no hotel HCTA, em Luanda. A defesa do empresário marfinense diz que o remanescente, da divida por pagar, não foi liquidada porque, na altura em que se deveria se efectuar o empresário já estava sob custodia das autoridades. “O senhor esta preso desde Maio do ano passado, como ele iria pagar o remanescente de uma conta que já estava parcialmente liquidada?”, questionaram.