Lisboa - O Serviço de Investigação Criminal (SIC) devolveu a liberdade, na quarta-feira (30), o Director Geral da General Electric-Angola, Wilson Freita Daniel Costa que fora detido três dias antes, na sequencia de uma acusação de falsificação de documentos movido pela Direção Nacional do Arquivo de Identificação Civil e Criminal (DNAICC). A soltura de Wilson Costa é associada a alegada  “ordem superior”.

Fonte: Club-k.net

Wilson Freita Daniel da Costa terá nascido na Nigéria e tem nacionalidade americana. Esta em Angola desde 2011. É noivo de uma sobrinho do ministro junto a Presidência, Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa, o que na cultura africana corresponde a genro. As autoridades terão descoberto que os seus documentos angolanos poderiam ser falsos.


“Atendendo ao facto de se tratar de um cidadão estrangeiro, fazendo-se passar por nacional, isto é, exibindo documentos nacionais, o referido crime não admite liberdade provisória, uma vez que a penalidade prevista na lei nunca seria inferior a estabelecida no no5, do artigo 55o do código penal”, le-se no documento que o Club-K teve acesso.


De acordo com o apurado, a ordem de soltura apanhou de surpresa próprios elementos envolvidos na investigação visto que este tipo de crime, é punível com uma pena de prisão maior de 2 a 8 anos, e não permite a liberdade provisória, conforme consta da participação criminal efectuada pela Direcção Nacional do Arquivo de Identificação Civil e Criminal do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.


A Lei das Medidas Cautelares prevê, igualmente, que em crimes que tenham uma moldura penal superior a 3 anos de prisão efectiva deverá ser aplicada como medida de coação a prisão preventiva.


Além do mais, considera-se que atendendo às funções de que desempenha numa empresa internacional existe uma maior probabilidade de perturbação da investigação e um real perigo de fuga para o estrangeiro.

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