Luanda - Dentro das estratégias do referido plano, está reservada a área de 0,6 Hectares de zonas verdes para cada mil habitantes, com vista a servir para a criação de jardins, arborização e um conjunto de acções que vão contribuir para uma maior qualidade de vida dos citadinos.

Fonte: O Pais

O Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDGML) vai recuperar as zonas verdes da cidade capital do país que, nos últimos tempos, têm sido destruídas por causa das novas construções, conforme fez saber o ambientalista Vladimir Russo. De acordo com o especialista, dentro das estratégias de implementação e execução do PDGML, prevê-se um conjunto de acções para solucionar os problemas relacionados com os espaços verdes, saneamento básico e infraestruturas.

 

Neste sentido, Vladimir Russo deu a conhecer que está orientado, dentro do mesmo plano, que se disponibilize 0,6 hectares de zonas verdes para cada mil habitantes, o que vai servir para a criação de jardins, arborização e outro conjunto de acções que vão permitir recuperar o verde da cidade e contribuir para uma maior qualidade de vida dos citadinos.

 

O também director executivo da Fundação Kissama, que falava durante o acto de apresentação do referido plano aos administradores e técnicos das administrações municipais, fez saber que Luanda não pode continuar a crescer com a construção de edifícios e outros espaços de betão, porque está limitada por factores naturais.

 

Nesta ordem, explicou, o PDGML definirá oportunamente as bases para essa delimitação mediante o respeito e a valorização dos espaços destinados a implementação de zonas verdes. “Luanda não pode continuar a crescer eternamente porque está limitada por factores naturais como o rio Bengo, o rio Kwanza e o oceano Atlântico.

 

Quer dizer que, na projecção de crescimento, vai ter de parar por algum lado. E o que o PDGML apresenta é o cinturão verde que vai permitir, do ponto de vista ambiental, que Luanda possa ter um pulmão”, notou. Ainda dentro das estratégias do PDGML, em prol da defesa do meio ambiente e de forma a evitar o crescimento da cidade por via do betão armado, Vladimir Russo fez saber que existem orientações claras que visam a construção de áreas de conservação, área marinha protegida a nível da baia do Mussulo e a criação de reservas naturais próximo do rio Kwanza para evitar a expansão da cidade.

 

Ao encontro da prática Para o ambientalista, doravante, à luz das orientações do PDGML, é necessário que se olhe para a população de Luanda, urge identificar o número de áreas verdes de que se precisa e posteriormente definir-se as metas para que sejam desenvolvidas na prática.

 

“Todos os critérios estão ainda em papel. Agora, para que, de facto, seja possível reverter a situação, é preciso que se vá ao encontro, na prática, desses critérios, das projecções e das recomendações por via da execução”, defendeu.

 

Ainda dentro da necessidade de desafogar a cidade e conferir maior arborização, Vladimir Russo esclareceu que PDGML define meio hectare de espaço público aberto para cada mil habitantes. “Temos um projecto ambicioso e, se for implementado, vai ajudar a dirimir os problemas relacionados com o meio ambiente”, concluiu.

Sobre o plano


o Plano Director geral Metropolitano de Luanda constitui um manual e defende o modelo de desenvolvimento da capital angolana. este plano resume os princípios orientadores que sustentam um crescimento consolidado da circunscrição. este documento servirá de base às principais acções e objectivos a concretizar pelas instituições-chave do governo e departamentos municipais. As acções serão articuladas através de programas faseados a implementar durante os próximos 15 anos, até 2030, e algumas acções perdurarão para além dessa data.