Huambo - O cidadão Mateus Marcos Chitanga no Huambo teme pela sua vida. Segundo uma fonte, indivíduos estranhos a pé disfarçados têm estado a segui-lo nos seus trajectos, tendo piorado nos últimos dois meses. por vezes, viaturas com vidros escuros estacionam de fronte a sua casa permanecendo por largas horas sem que delas desça ou suba alguém, o que não deixa sombra de dúvidas que seus passos estão sendo observados. O desaparecimento de documentos pessoais dentro de casa, leva a crer que alguém tenha cópia das chaves das portas principais para penetrar no seu interior com objectivos desconhecidos.

Fonte: Club-k.net


A situação tem obrigado Chitanga a passar noites em casas de amigos e parentes por achar que pode ser assassinado qualquer momento. Ex colegas seus no comité provincial do MPLA, acham que se trata apenas de uma jogada psicológica intimidatória para que Marco Chitanga, recue do seu plano de integrar novamente o partido do qual foi expulso a dezoito anos. Crítico acérrimo do então governador alagado no nepotismo, desvio do erário publico e corrupção, Paulo Kassoma, teria acusado Marcos Chitanga de fornecer grandes subsídios a UNITA devido aos seus ataques contra si nas vestes de primeiro secretário provincial do partido no Huambo, tendo o expulsado em Outubro de 2001 de forma humilhante.


Com novos ventos, Chitanga tem sido sondado para regressar ao partido com objectivo de inverter o actual quadro do MPLA face ao estrondoso crescimento da UNITA na província causado pela má governação. Por sua vez, Marcos, não descarta a possibilidade de envergar novamente a camisola do vermelho preto e amarelo. O possível seu regresso já começa a tirar sono em algumas pessoas envolvidas na má gestão da coisa pública no tempo de Kassoma, temendo que Marcos desvende e coloque na PGR situações desconhecidas ou esquecidas que lesaram o estado.


Jurista de profissão, Marcos Chitanga tem sido um destacado activista na defesa dos direitos humanos o que lhe granjeia grande respeito e consideração junto das organizações da sociedade civil e igrejas. O seu regresso ao MPLA, certamente não agradará a muitos no Huambo principalmente aos que apontam o partido no poder como o causador da miséria do povo Angolano.