Sumbe – As condicões desumanas que vivem os sobas do Kwanza Sul levou neste fim-de-semana, o poder tradicional da região a convocar uma reunião de emergência com o primeiro secretário provincial do MPLA, Eusébio de Brito Teixeira.

*Fernando Caetano
Fonte: Club-k.net
No encontro que teve lugar na sala de reuniões do edifício do partido dos camaradas, na cidade do Sumbe, as autoridades tradicionais apresentaram o seu descontentamento ao partido pelo esquecimento a que estão votados pelo governo, desde a exoneração de Eusébio Teixeira do cargo de governador pelo Presidente da República.

Mateus Miguel Filipe “Avô Kungula”, secretário-geral adjunto do Sindicato da ASSAT a nível nacional e presidente da Associação do Poder Tradicional no Kwanza-Sul, manifestou-se descontente perante o secretário do MPLA pelo facto de àquela franja da sociedade estar a remar contra maré na nova governação.

Avô Kungula fez recordar a Eusébio Teixeira as peripécias pelas quais os sobas estão a passar, levantando o polémico caso crédito de campanha agrícola 2011 onde os mais prejudicados foram os camponeses que, segundo ele, continuam a pagar os bancos com produtos cujo valor não foi de encontro as necessidades:

“Vimos a ausência de apoio de alguns municípios e, isso nos preocupou bastante. Vimos que alguns municípios, algumas administrações, alguns comités municipais do partido não estão a rimar bem com as autoridades tradicionais visto que as autoridades tradicionais são parceiras do Estado. Nos anos passados que lá se foram e de guerra fomos sempre unidos, então gostaríamos que continuassemos estar sempre unidos. Houveram no passado aqueles créditos de campanha de 2011 e que está criar muitos tumultos dentro da sociedade. Algumas pessoas no passado, aqueles créditos houveram muitas coisas, há quem recebeu um rolo de tubo de irrigação de cem metros e recebeu uma factura de 500 mil e outros receberam facturas de um milhão de kwanzas, coisa que não condiz com a realidade. E as pessoas lamentam hoje do caso ser levantado onde o Banco estar fazer cortes em algumas pessoas, daí as pessoas lamentam e pedem: como este crédito de campanha no passado haviam se criado algumas comissões de pilotagem então, essas comissões voltassem a reunir com as pessoas que receberam este crédito para chegarem a um consenso para depois fazer-se o trespasse ao banco e o banco cumprir com o seu trabalho”, explicou.

Em jeito de resposta, o homem forte do MPLA no Kwanza-Sul, agora nas vestes de deputado, começou por apelar aos sobas a trabalharem forte na sensibilização das populações no combate ao lixo, a caça furtiva, o reforço na produção agrícola familiar, a pesca artesanal e que se organizassem em cooperativas para beneficiarem de créditos bancários.