Luanda - O 22 de Fevereiro de 2002 é ainda um fresco histórico da nossa época, que nos envolve no plano das emoções e das ideias. Foi neste dia frio, lúgubre e fatídico que o Patriota Jonas Savimbi foi executado e o seu sangue quente jorrou e ensopou a Terra Mãe como consagração nobilíssima a Pátria.

Fonte: Club-k.net

É HUMANO LUTAR PELA LIBERDADE

Tombou o Homem Gigante que ousou desafiar o colonialismo português e venceu-o em Alvor.

 

Desafiou o social-imperialismo e venceu-o em Bicesse.

 

Desafiou o regime autocrático e exclusivista de Angola e venceu-o em Lusaka.

 

As lágrimas ainda não nos secaram nos olhos quando no silêncio da reflexão, sentimos a sua voz pedagoga e convincente e o fervor das suas ideias, solidificar cada vez mais as fundações patrióticas, de continuarmos a luta por Angola que defenda o valor da vida.

 

A dor ainda não acabou nas nossas entranhas, quando a saudade e a recordação inundam o nosso sentimento, nos ativa e certifica que afinal Ele tinha razão e apontou sempre o melhor caminho para a dignidade do Angolano.

 

A tristeza e a consternação ainda não nos acabaram quando a memória nos alerta e repugna a falta de humanismo com qual se tratou o corpo do Dr. Savimbi exposto como se fosse um troféu de uma façanha de caça a boa maneira dos famigerados capitães coloniais da cruel pacificação de Angola, onde assassinaram Mandume, capturaram o Rei Lohuna do reino do Humbi, deportado para Cabo Verde, e da PIDE-DGS que assassinou Arão Kunga, Júlio Cinjovoli Kakunda, Gideão Luhui etc, etc.

 

Não seria o contrário vimos o mesmo tratamento com os corpos de Antônio Kapakala, Arão Kanjulo, Acácio Quim, Loyde Nungulu, Tembi Tembi, Jeremias Chitunda, Salupeto Pena, Alicerces Mango etc, etc.

 

Só a lembrança não morre quando activa fecundidade vibrante dos seus axiomas sempre com o sabor da actualidade a galgar os rumos dos novos horizontes da imortalidade.

 

As suas derradeiras palavras no informe e no encerramento da 16ª conferência anual realizada no Kunguene-Moxico de 4 a 12 de Abril de 2001. Valeu um acto de testemunho afectivo e proverbial de amor a Pátria, valeu um acto de despedida, um grito clamoroso de fé e esperança numa Angola igual para todos, um toque de clarim para despertarmos e continuar-mos a marcha, "Para frente sempre para atrás nunca".

 

A nossa ilimitada gratidão vai a todos os heróis e mártires conhecidos e desconhecidos. Que o sol da nossa existência ilumine o nosso caminho. Abençoe-nos Senhor.

 

A nossa lâmpada não se apaga.

Ekovongo Kapalandanda