Luanda – Nos últimos dias aumentou o descontentamento de quadros do Ministério do Ensino Superior - nos mais diversos escalões - devido a um ambiente de hostilização na qual a titular órgão, Maria Sambo, é citada como tendo se fechado e deixado de receber trabalhadores e os membros da Direcção em audiência. Internamente alega-se que ela estaria a ser “influenciada” pelo director de Recursos Humanos, Alfredo Buza.

Fonte: Club-k.net

As vozes agastadas do Ministério do Ensino Superior e dos Órgãos tutelados por aquela instituição, dão nota que ao aproveitar-se da posição privilegiada junto da ministra, o referido director tem feito e desfeito, chegando a baixar orientações de forma intimidatória aos superiores hierárquicos, directores com a mesma categoria e ainda os responsáveis das empresas tuteladas num claro sinal de intromissão e violação dos Estatutos.



Ao director Alfredo Buza, são atribuídas a aprovação do novo Estatuto Orgânico da Carreira Docente, que privilegia as duas Categorias de Topo do Ensino Superior (Catedráticos e Associados), medida que segundos os especialistas, beneficia directamente a Ministra e ao mesmo tendo encontra tem a categoria de professores titular.

 

Outrossim, e sem consultar os membros da Direcção e as Instituições, a Dupla, decidiu aumentar as horas dos docentes Assistentes e Assistentes Estagiários, de 6 horas para 15 horas semanais, com a condição de um contrato de dois a quatro anos, desde que, atinjam o grau académico exigido no referido período, o contrário são demitidos da função pública.

 

Uma decisão considerada arbitrária e que passou ao lado do Sindicato de Professores, uma vez que os membros da referida estrutura pertencem as categorias de topo e também são beneficiários.


Ao influente director, são ainda atribuídos os erros cometidos pela Ministra Maria Sambo tais como a criação do processo de reformulação das regiões académicas e Instituições públicas sem auscultar os Gestores. A Reforma Compulsiva que a mesma pretende realizar com os docentes com 60 anos de idade, bem como, a exclusão de docentes com mais de 35 anos ignorando os anos de trabalho, dedicação e engajamento no sector. E ainda, a proposta encaminhada ao Conselho de Ministros para a cobrança obrigatória de propinas no Ensino Público cujo a mensalidade rondará em Akz 16.500,00.


“Isso agravará as dificuldades de acesso ao Ensino Superior de jovens de famílias de baixa e média renda a avaliar pelo actual salário mínimo”, retorquiu um interlocutor.

Nos bastidores daquele Órgão, comenta-se ainda que, a recente decisão do Director Agrónomo de avaliar os gestores de Recursos Humanos das Instituições Tuteladas pelo o Ministério do Ensino Superior, tem como único propósito, atender as suas exigências de colocar familiares e amigos por via de um concurso público para breve.

Para os próximos tempos, um grupo de trabalhadores do Ministério do Ensino Superior e quadros dos Órgãos Tutelados pela Instituição, têm programada uma manifestação que visa denunciar alegados atropelos no Ministério do Ensino Superior e impedir que outros males aconteçam.