Luanda - A CASA – CE arrisca hoje à um percurso inverso ao do progresso, ao eximir diante dos olhos do mundo e de seus fieis seguidores, o seu génio criador, o homem que deu o primeiro sopro de vida, aquela organização de natureza política em Angola.

Fonte: Club-k.net

A cessação da tarefa do seu criador nesta esfera política, coloca em sérios perigos a continuidade do pulsar da vida daquela organização de carris político, não há dúvidas nenhuma de que a saída de Abel Epalanga Chivukuvuko da CASA – CE significa também a desgraça organizacional e o fim da hegemonia partidária, de terceira organização política angolana à última organização política, se a dúvida não nos cede o engano do dilúvio político que carregará a popularidade da CASA – CE. A CASA – CE entrará na história ao andarilhar o destino da FNLA, do APN e de tantos outros perdedores políticos, que tentaram em vão os seus projectos clamados numa atmosfera desentendida que soube inimizar os seus responsáveis, e casá - los com o insucesso como a única mulher para assumir.


Num sentido, sobretudo funcional, Abel Epalanga Chivukuvuko representou a possibilidade de satisfação de necessidades políticas, nas questões do pluralismo popular no seio do Partido CASA – CE, e de estruturação e equilíbrio de interacções sociais no seio do Partido. Assim, a sua presença expressava o interesse geral em suas funções políticas de liderança, podendo ser de carácter universal para CASA – CE; aumentando – lhes a fé para a vitória eleitoral em Angola, reduzindo a incerteza; e conformam a distribuição de probabilidade de resultados de vitória para a CASA – CE na arena política. Por outro lado, a sua saída, num sentido crítico, também é vista como mecanismos de cerceamento de possibilidades de vitórias eleitorais para a CASA - CE, à medida que Abel Chivukuvuko representou um padrão regularizador das massas populares, que sempre funcionou como um imane que evocava o povo, tal quanto se atrai o metal, permitiu as interacções sociais com as massas mais recônditas, que incorporam o eleitorado da CASA – CE, privilegiando o seu crescimento nacional.

 

Assim a sua saída manifesta um desastre irrecusável ao futuro dessa organização de natureza política. A sua saída define uma constelação de incertezas no seio da CASA – CE, impondo uma série de constrangimentos que produzem reacções populares cujo fim dita o abandono do povo, e o rumo à outras arenas políticas. Portanto, a expulsão deste homem, enviesada criticamente estabelece um contexto estratégico para as perdas futuras da CASA – CE ao longo do panorama eleitoral em 2022, altera e dá um formato do insucesso aberrante à CASA, embora não definitivo, a um conflito político específico para o futuro no seio da organização partidária.


O que ganhará a CASA – CE com a substituição de seu criador? De certo que, nada há de ganhar, senão mesmo a perdição total, será pois parafrasear o adágio popular “O padre morreu a missa acabou”. Complexo é o futuro da CASA – CE, e os meios para evitar de uma forma ou outra que venha desaparecer e seguir o destino da FNLA. E uma das formas mais terríveis de abolição desse projecto político é sem sombras de dúvida a expulsão do seu criador “Abel Epalanga Chivukuvuko”. Na CASA – CE chegou o tempo de coisas às avessas, a pintura de Jerónimo Bosch devia inspirar mais os independentes da CASA – CE para que vissem mais ao espelho o reflexo de seu destino político. Retirar um Messi do Barcelona pode custar a honra, a admiração, e até mesmo o futuro da equipa, como também acontece à CASA – CE com a expulsão de Abel Epalanga Chivukuvuko.


Um grande e novo ardil, assola a CASA – CE: “a expulsão de seu criador”. É uma verdadeira anedota que se assiste na CASA – CE, quando se sabe expulsar a força motriz da subsistência da própria vida interna do partido, senão mesmo, o factor decisivo para sua popularidade, esse estranho ardil marcará o fim da era dos independentes que colocar – se – ão à deriva, sem eira, nem beira, com a popularidade posta em risco e atacada por uma crise política nunca antes vistas como leões atacam búfalos na floresta.


O vício de ganhar dinheiro dos independentes da CASA – CE penetrou em larga escala de seus efectivos constituintes, que literalmente já não sabem viver em política sem os seus partidos de origem, com os quais se identificam, e podem de facto facturar mais valores monetários através da CASA – CE, o dinheiro os magnetizou, os absorveu, os hipnotizou, e os seduziu mais que todas as coisas à ponto de expulsarem quem com suas forças construiu a CASA para mantê – la em pé. Esqueceram – se os independentes de que a popularidade da CASA – CE esteve durante longos meses ligada à Abel Epalanga Chivukuvuko.


A CASA – CE transformar – se – á numa sociedade de massas amolecidas pelos desastres políticos, subjugada pelas tragédias do descrédito público, não por não ser capaz de se dirigir, mas por perder a popularidade que sempre teve, uma sociedade vazia de fãs que sucede à traição de políticos vendedores de sonhos e fornecedores de desesperos à seus seguidores, que já germina o triste bem pensamento de uma decadência inevitável da CASA – CE, em que o ódio por quem a criou se esconde sob a capa da tecnocracia dos independes ou de desprezo bronco de suas forças políticas à quem as chamou para se unificarem. Não era de excluir, que a presença de um homem à dimensão de Abel Epalanga Chivukuvuko, com todos os talentos políticos que carrega às costas, e já há quem pergunte, se existe ou não um político da actualidade à sua dimensão em Angola? A dúvida que não encontra exactamente uma resposta, também se mantém responsável por responder tal quesito, era de esperar que num futuro, possível, um certo número de independentes, acorreriam à perseguição concertada à este homem, em que se aguardava a todos os momentos a vinda dos bombeiros do Tribunal Constitucional para apagar o fogo que se instalara há meses no âmago da CASA – CE. A CASA – CE morreu assim livre de qualquer necessidade de reanimação hospitalar numa unidade de tratamento intensivo equipada, o que lhe ficou, são os alicerces que precisarão de um forte impacto para mantê – la em pé, não será pois fácil à “Mião” reanimar a “CASA – CE” sem “Abel Chivukuvuko”, se o fizer, deverá pois impor um efeito milagroso, com esforços inéditos que não se podem medir, nem a metro nem a balança.

 

BEM – HAJA!