Lisboa – Desde que assumiu a presidência da Sonangol, Carlos Saturnino de Oliveira, reavaliou contratos de prestação de serviços deixados pela antiga direção da petrolífera angolana, mas entretanto terá poupado ou se esquecido de “reavaliar” uma empresa de Isabel dos Santos que trata da limpeza desta empresa estatal.

Fonte: Club-k.net

De acordo com registros, quando o seu pai, José Eduardo dos Santos a nomeou como PCA da Sonangol, Isabel dos Santos despediu a empresa SERVICLEAN - Prestação de Serviços, Importação e Exportação, Limitada que prestava serviços de limpeza na petrolífera estatal. Por usa vez, colocou  a AFRILIM - Prestação de Serviços, Limitada, conotada a sua rede de interesses.


A AFRILIM - Prestação de Serviços, Limitada foi constituída, em Maio de 2012, e tem como sócios formais, três “testas de ferro”, Flávio Mendes Garcia, Fernando Pedro Santos Costa e Virgínia de Jesus da Silva Ferraz. Para além, da Sonangol, a AFRILIM presta também serviços de limpeza aos hipermercados “Candando”, em Luanda, pertencente a empresaria.


Enquanto patroa da Sonangol, Isabel dos Santos ficou com a reputação de colocar as suas empresas a prestarem serviços na petrolífera estatal, violando, assim, a lei da probidade pública, que proíbe os gestores públicos de fazerem negócios consigo próprio. Uma das suas empresas que ficou muito famosa é a Ucall, que fora contratada para realizar trabalhos de avaliação dos funcionários. A Ucall de Isabel dos Santos cobrava cerca de 5 mil dólares por  cada testes de  avaliação dos funcionários.


Há informações que ainda na sua vigência como PCA, Isabel colocou quadros de pintura   pertencentes a colecção do  seu esposo, nos gabinetes da empresa e por sua vez a Sonangol pagava pelo aluguer destas obras de artes. Quando Carlos Saturnino assumiu a liderança desta empresa rescindiu o contrato de aluguer dos quadros de Sindika Dokolo.


Contra estas praticas, a PGR instaurou a Isabel dos Santos um inquérito, a 2 de Março de 2018, para apurar denúncias de uma transferência de mais de USD 38 milhões, supostamente orientada pela antiga gestora, depois de exonerada da gestão do Conselho de Administração da SONANGOL.


Dias depois da denúncia, Isabel dos Santos negou as acusações e considerou-as "infundadas", afirmando-se "confortável" com o inquérito aberto pela PGR. Contudo, o Ministério Publico deverá notifica-la pela terceira vez para que possa responder, apesar de a mesma se encontrar em parte incerta fora do país.