Luanda - O General e ex-Deputado Demóstenes Chilingutila veio a público desmentir categoricamente a tentativa de o associarem à operação de compra de armas para a polícia, exibindo fortes argumentos que desmentem uma notícia posta a circular na internet.

Fonte: UNITA

Esta semana as redes sociais foram invadidas por um áudio indicando que a Procuradoria Fiscal em Espanha teria indiciado 27 pessoas acusadas de crimes de corrupção, relacionadas com a venda de armas para a polícia angolana, por parte da empresa espanhola DEFEX.


O áudio colocado nas redes sociais, indica os nomes do General Armando da Cruz Neto, ex-Embaixador de Angola em Espanha e do Ex- Cmdt Geral da Polícia, Ambrósio de Lemos, como tendo alegadamente recebido avultadas quantias monetárias. Já a acusação direcionada ao Ex-Vice Ministro da Defesa, Demóstenes Chilingutila, é a de alegadamente ter recebido cabazes, não estando referenciada a recepção de qualquer valor monetário. Ora segundo a respectiva notícia estes factos terão ocorrido entre os anos 2008 e 2011!


De facto várias são as imprecisões e indicações contraditórias nesta notícia que não encontram fundamentos quando trazidos à realidade. A saber: o General Demóstenes Chilingutila nunca ocupou funções relacionadas com a Polícia Nacional, que justificassem a sua participação na aquisição de logística ou armamento para a polícia! Também, no período indicado, o General Chilingutila já não desempenhava qualquer função no Ministério da Defesa, estando sim a cumprir o mandato de Deputado na Assembleia Nacional (2008 a 2012 e 2012 a 2017)! Mais ainda: em 2015, a Procuradoria da República de Angola, sobre este mesmo caso, tomou contacto com o conjunto de dados recebidos de Espanha e ouviu o General Demóstenes Chilingutila, tendo considerado absolutamente improcedentes os alegados elementos a ele referenciados.


Temos vindo a verificar nas redes sociais e mesmo em alguma imprensa, campanhas reincidentes e tentativas frustradas de envolver personalidades políticas ligadas a partidos de oposição, com maior apetência ligadas à UNITA, em questões de corrupção. Até aqui estas tentativas têm resultado infrutíferas pois nunca provas surgiram, que pudessem sustentar esse grande sonho do regime ver-se acompanhado no assalto aos bens públicos e à responsabilidade apontada por todos de terem atirado o país para a grave crise económica em Angola que se encontra.


Hoje, o uso das redes sociais comporta evidentes vantagens, mas cada vez mais obriga a uma enorme atenção, pois é cada vez maior o número de fake news (notícias falsas) que circulam na internet e num tempo muito curto, atingem milhares e mesmo milhões de usuários, fazendo opinião e atentando sobre o bom nome de respeitáveis cidadãos.