Luanda - O novo presidente da CASA-CE, André Mendes de Carvalho “Miau”, disse ter aceite o cargo com o espírito de missão para evitar a pretensão de “alguns membros desiludidos” com os últimos acórdãos do Tribunal Constitucional, que pretendem destruir aquela força política angolana.

*Coque Mukuta
Fonte: VOA

Em resposta, os chamados “independentes” acusam o novo líder da coligação dar andar aos abraços com elementos dos serviços de seguranças.

 

“Aceitei o cargo com o espírito de missão para se evitar que os arautos da desgraça triunfassem na sua pretensão de destruir a CASA-CE, desiludidos com o veredicto dos acórdãos do Tribunal Constitucional sobre as dinâmicas internas da CASA-CE respeitantes à sua organização e funcionamento e as competências relativas aos seus órgãos” disse André Mendes de Carvalho "Miau" no seu discurso de posse no sábado.

 

Em resposta, Lindo Bernardo Tito, deputado agora com o estatuto de independente depois de ter abandonado a coligação, acusa o novo presidente da CASA-CE, de andar aos abraços, no acto de tomada de posse,com elementos no activo dos serviços de segurança do Estado.

 

“´Miau` ao gizar o seu golpe em companhia com o MPLA, fez destruir a CASA-CE e quem está a destruir a CASA-CE é o Miau, não é outra pessoa”, afirmou Tito, para quem “a prova é a visível ligação com elementos da segurança ainda no activo com abraços na tomada de posse”.

 

Na tomada de posse, André Mendes de Carvalho garantiu também que este cargo não lhe dá “mais dinheiro, mais benesses, mais paz de espírito e tranquilidade”, mas sim “mais responsabilidade, mais trabalho e mais sacrifícios para melhor servir o país, o povo, os militantes e simpatizantes da CASA-CE”.

 

Recorde-se que o anterior presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, foi afastado por decisão dos cinco dos seus partidos que integram a coligação, depois de o TC ter considera que ele não podia formar um partido.

 

A terceira formação política angolana decidiu afastar todos os independentes, tendo Chivukuvuku, numa reunião com eles, assumido que irá liderar um partido em 2010.

 

Em consequência, oito dos 16 deputados da coligação no Parlamento deixaram a bancada da CASA-CE e assumiram o estatuto de independentes.