Luanda - Meus caros camaradas, minhas senhoras e meus senhores; Em Cabinda, infelizmente, até os mortos, não escapam dos eternos conflitos de interesses que assolam aquelas terras do Maiombe, do Petróleo, do Ouro, dos Bakama, etc, há dezenas de anos que neste momento, já envolvem os nossos defuntos designadamente General Evaristo Domingos (Kimba) e Maria Mambo Café, no caso nome para o aeroporto local. Que tamanha vergonha este meu país?! Com efeito, um punhado de indivíduos próximos de Maria Mambo Café, por afinidade, ávido de tudo e mais na vida, ao custo de tudo , entendeu, na contínua satisfação dos seus macábros interesses pessoais e/ou de grupo, ludibriar o meu anterior Executivo, levando-o a aprovar de “cruz” o nome Aeroporto de Cabinda Maria Mambo Café, cuja homenagem essa figura não merece, uma vez que ela não conquistou tamanha homenagem em Cabinda, quando em vida. Por conseguinte, foi lhe imposta por usurpação, na medida em que ela não preenche os requisitos para o efeito.

 Fonte: Club-k.net

Portanto, fizeram-na (a homenagem) por claro nepotismo que assumimos estarmos a combater como crime!

 

Também fizeram-na (a homenagem), por bajulação que assumimos estarmos a combater como crime, pois tais mentores da proposta quiseram mostrar-se bons próximos de Maria Mambo Café em vida, branquear essa figura e respectiva imagem em Cabinda e agradar a família dela.

 

Igualmente, fizeram-na (a homenagem) por má-fé e injustiça que assumimos combater como crimes, pois quiseram com isso ofuscar, abafar e anular tudo e mais que o General Domingos Evaristo (Kimba) conquistou em Cabinda, por mérito próprio, quando governou Cabinda, na sua condição idiossincrática “todo o terreno”, de dia e noite, ao sol e chuva, do Miconge ao Yema e do Massabi ao Zenze-Lucula, à favor de Maria Mambo Café, o que é absolutamente inverdade e atentatória à nossa história relativamente à província de Cabinda (mudar o curso da história com a história mal contada), o que é gravíssimo.

 

A esses actos condenatórios à todos os títulos, junta-se por arrasto a desonestidade intelectual e a incoerência aos nossos princípios e valores morais, éticos e cívicos, bem patentes nesses procedimentos em alusão.

 

Está claro, como água, que fizeram-no por beneplácito da bajulação, nepotismo, má-fé, injustiça e também atentatória à nossa História, com o fito de agradar a família Maria Mambo Café e em contrapartida usufruírem e/ou consolidarem benefícios familiares de Maria Mambo Café; quiseram agradar os próximos e defensores de Maria Mambo Café no poder para em contrapartida obterem dividendos políticos e/ou consolida-los e perpetuarem-se nos cargos; injustiçar o General Evaristo Domingos (Kimba) e ofusca-lo à favor de Maria Mambo Café, na Província de Cabinda, ignorando que o General Evaristo Domingos Kimba, foi o único Quadro Angolano ido da guerra de guerrilha conduzida pelo MPLA, contra o então exército colonial e fascista português, a governar um Distrito, no caso Cabinda, na transição para a Independência Nacional, portanto, no limiar da Independência Nacional, quando assumiu a encarregatura do então Governo do Distrito de Cabinda, alguns meses antes da proclamação da Independência, caso inédito em Angola e na Angola Independente, ter sido nomeado o primeiro Comissário Provincial da Província de Cabinda. Por conseguinte, o primeiro a Governar Cabinda na Angola Independente. Isso jamais aconteceu e nunca mais acontecerá com nenhum outro quadro nesta Angola independente. Houve a transição para a Independência, na qual o General Evaristo Domingos (Kimba) governou Cabinda. Houve a proclamação da Independência Nacional e o General Evaristo Domingos (Kimba) foi o primeiro a Governar Cabinda, daí o carácter indelével da marca do General Evaristo Domingos (Kimba) e faz dele um escolhido nato, incontornável, quer se gosta dele, quer não se gosta dele como pessoa, pois, no que respeita ao quem foi quem na Província de Cabinda, relativamente à personalidade, determinação e engajamento na defesa das populações, busca de soluções para o crescimento e desenvolvimento harmonioso da Província, bem-estar das populações e a melhoria quotidiana da sua qualidade de vida e não só, o General Evaristo Domingos (Kimba), foi “um todo-terreno”, ao sol e chuva, de dia e de noite, do Miconge ao Yema e do Massabi ao Zenze-Lucula. Enquanto que Maria Mambo Café, esteve e trabalhou na “cidade de Cabinda”, despachada para coordenadora do Comité Provincial do MPLA e assumiu a encarregatura do Comissariado Provincial de Cabinda, no período entre a exoneração de Jorge Barros Tchimpuati e a nomeação de Augusto da Silva Tomás como Comissário Provincial de Cabinda.

 

São esses actos e procedimentos condenáveis à todos os títulos, que o meu actual Executivo, abraça, ao dar mostra de fazer sua a decisão do meu anterior Executivo que aprovou nessas condições supracitadas, o nome Aeroporto de Cabinda Maria Mambo Café.

 

Meus caros camaradas, minhas senhoras e meus senhores;

 

Estamos realmente em presença de um conflito de interesses que envolve os mortos, uma vez que deste meu lado, o interesse radica na defesa e reposição da verdade irrefutável, da justiça, da boa-fé e pautando pela honestidade intelectual e coerência aos nossos princípios e valores morais, éticos e cívicos, vilipendiados neste processo de atribuição do nome Aeroporto de Cabinda Maria Mambo Café, ao invés do General Evaristo Domingos (Kimba), figura notável com marca indelével, dado ao que ele foi e representou, é e representa e sempre, e mais que nenhuma outra figura notável local, pelo que localmente é uma figura incontornável quer se gosta dele quer não se gosta dele como pessoa.

 

Localmente, (Cabinda) o General Evaristo Domingos Kimba é uma figura com marca e história únicas. À isso, junta-se a questão cultural, não menos importante nesse destaque à sua figura, nomeadamente, o seu testamento (seu último desejo), no qual ele manifestou o seu desejo de ser sepultado em Cabinda (terra que lhe viu nascer), no Cemitério da Missão Católica de Cabinda. E mais, desejou, nada de construir campa sobre o seu túmulo, bastará a terra sobre os seus restos mortais na sua urna. E assim se cumpriu.

 

Comummente, diz-se sempre, os Cabindenses amam tanto a terra deles que lhes viram a nascer, ao ponto de mesmo mortos não se afastarem dela, são sepultados lá. Certo, são os nossos hábitos e costumes da terra, os quais o General Evaristo Domingos (Kimba) cumpriu rigorosamente.

 

Meus caros camaradas, minhas senhoras e meus senhores;

 

Nessa reflexão que venho fazendo, eu reitero que, não trato de pôr as figuras GENERAL EVARISTO DOMINGOS (KIMBA) e Maria Mambo Café, ou os seus familiares em choque, tal como alguém desatento ousou insinuar, nem chocar com o meu anterior Executivo ou com o meu actual Executivo. Trata-se tão somente clarificar que Maria Mambo Café, não preenche os requisitos para tamanha homenagem, por conseguinte, estão lhe impor algo que ela em vida não conquistou, dado ao que ela foi e fez para a província de Cabinda e suas populações. Contrariamente, o General Evaristo Domingos (Kimba) conquistou tudo e mais por mérito próprio. É o corrigir o que está mal.

 

Aqui chegados, só não vê quem não quer e só não ouve quem não quer. A ver vamos.

 

Deste lado, eu sou José Sumbo, licenciado em economia, Oficial General das FAA na reforma, refractário do então exército colonial e fascista Português, ex-combatente guerrilheiro do MPLA e das ex-FAPLA com funções de chefia na então segunda Região Político-Militar do MPLA, desde CIR (Centro de Instrução Revolucionária) na base Kalunga – Região de Nhary – Dolisie – Congo Brazaville; Antigo Combatente e Veterano da Pátria, ex-Comissário Provincial Adjunto da Província de Cabinda, para além de outros cargos de chefia no Partido e no Governo que desempenhei nessa Província; ex-Comissário Provincial Adjunto da Província da Huíla; outros cargos mais de chefia e direcção que desempenhei no aparelho Central do Governo e Empresa Pública, no caso, a Sonangol, bem como partidárias;

 

Como se pode ver, estamos “vivinhos da silva” e atentos. Por isso meus caros camaradas, minhas senhoras e meus senhores, “HONREMOS OPASSADO E A NOSSA HISTÓRIA CONSTRUÍMOS NO TRABALHO UM HOMEM NOVO”,livre de injustiça e que pratica a justiça, combate a injustiça, a bajulação, o nepotismo, a corrupção, a má-fé , a usurpação, etc. Um HOMEM NOVO, humilde/activo.