Luanda - A Procuradoria-Geral da República (PGR) já introduziu em juízo, no Tribunal Supremo, os dois processos crimes em que José Filomeno dos Santos "Zenu" é acusado de má gestão dos activos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), enquanto seu presidente.

Fonte: Angop

O segundo processo, igualmente já em tribunal, é o da transferência ilegal de USD 500 milhões para Londres, Inglaterra.


A informação é do procurador-geral da República, Pascoal Joaquim, que falava à imprensa, à margem da visita que a ministra portuguesa da Justiça, Francisca Van-Dúnem, efectuou à PGR.

 

Zenu dos Santos aguarda, desde 25 de Março último, o julgamento sob termo de identidade e residência, após ser solto por limite do prazo de prisão preventiva, indiciado por crimes de associação criminosa, tráfico de influência, burla, peculato e branqueamento de capitais.


O magistrado sublinhou que, com a introdução em juízo, o processo deve cumprir “outros formalismos no tribunal” e no devido tempo poderá se cumprir o princípio da publicidade (divulgação pública).


Sobre os processos contra os deputados Higino Carneiro e Manuel Rabelais, acusados de gestão danosa, o primeiro enquanto governador de Luanda (2016/2017) e o segundo na qualidade de director do GRECIMA, disse encontrarem-se na fase primária de inquisição, em segredo de justiça, sob tutela da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP).


Por outro lado, negou que o processo contra o ex-vice-presidente da República, Manuel Vicente, possa prescrever (extinção de uma acção ajuizável), por não ser um processo de restauração à luz da lei angolana.

Apesar de o arguido (Manuel Vicente) beneficiar de determinadas prorrogativas constitucionais (imunidades), o processo continua o seu curso normal em secretismo.

Na condição de um acusado que se encontra fora de prisão, segundo o magistrado, os prazos de execução são mais retardados, mas ao seu tempo terminará.