Lubango - O sub-procurador da República Titular na Huíla, Hernâni Beira Grande, referiu esta quarta-feira, no Lubango, que o antigo director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do governo da Huíla, entre 2012 a 2018, António Ngongo, é suspeito de ter lesado o Estado em mais de 480 milhões de kwanzas, o que justificou a sua detenção, na segunda-feira.

Fonte: Angop

Falando aos jornalistas, à margem de uma palestra sobre os Crimes Cibernéticos, no quadro dos 40 anos da Procuradoria Geral da República (PGR), o magistrado disse que sobre o detido pesam várias acusações e há fortes indícios dos crimes de peculato e associação de malfeitores.

 

Esclareceu que o mesmo estava para ser interrogado pelo Ministério Público, na terça-feira, mas, a seu pedido, apenas hoje este interrogatório terá lugar, porque os seus advogados deslocam-se de Luanda.

 

O responsável do Ministério Público disse que é um processo que está em segredo de justiça, mas que são crimes praticados de 2012 a 2018, e evitou falar de outros envolvidos no caso.

 

Contudo, Beira Grande admitiu que na província existem outros casos que envolvem gestores públicos, alguns em instrução e outros sob investigação, mas em segredo de justiça, pois são processos mediáticos e levam o seu tempo a ser instruído devido a complexidade, mas vão chegando a tribunal e seus autores julgados.

 

Quanto ao caso do antigo director do SIC e o relacionado com o rombo na educação, referiu que os processos foram transferidos para a Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP).