Luanda - É verossímil o facto de que os tempos tem sido preenchidos por acontecimentos inimagináveis, que tendem efetivamente, a instalar um espírito de segurança e confiança para futuro dos angolanos. Digo que, a estrutura política do Executivo, embora com algumas dificuldades e fusca coesão entre o titular do poder Executivo e os seus auxiliares, ainda se torna apodítico a ideia de que Angola transparece não ser a mesma para a felicidade dos 29 milhões de habitantes.

Fonte: Club-k.net

Um outro facto que muito me chama atenção, é que a restruturação ao nível Poder Executivo se reflete também, numa restruturação interna dentro do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) partido que domina o governo. Entretanto, coexistindo esta vontade de restruturação entre o Estado enquanto um Instituto e o Partido que domina este Instituto, consolidar-se-ia de facto a coesão que deve haver entre os Discursos o Executivo e o Partido.


O MPLA tem vindo de facto a mostrar sinais que nos remetem as suas origens, ainda há muito para se fazer. Com efeito, aproveitamos a ocasião saudar as iniciativas que têm vindo a serem efetivadas.


Com muito regozijo acompanhamos o lançamento daquilo que muito precisamos, e que cada angolano é chamado para colaborar, dar o seu melhor e participando da construção de uma Sociedade Moralmente Sadia. A campanha assente no combate a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade visam garantir um futuro melhor e bem-estar das dos angolanos no geral, o MPLA pretende mobilizar a sociedade angolana para o combate à corrupção e promover o processo de educação para prevenir futuros casos.


Não contemplo qualquer sentido lógico, o recurso aos discursos de que a campanha de moralização da sociedade não é apta à ser conduzida pelo MPLA. Ora, aqui tem sido o ponto de partida para a confusão dos discursos dos céticos e segreguistas. Pois, que instituição não tendo o governo sob seu domínio seria apta para promover a campanha de moralização da sociedade no âmbito do combate a corrupção, impunidade, bajulação e nepotismo?! Alguns alegam que tal campanha devia ser de iniciativa do Executivo. Porém, não teria o partido que domina o governo legitimidade para que no âmbito das suas responsabilidades sociais promova campanha de tal importância?! Outros que sendo mais segreguistas, ignorando os sentidos da campanha (Combate corrupção, nepotismo, bajulação e impunidade) dizem que a campanha de moralização da sociedade devia começar no partido para a sociedade. Entretanto, será o partido um conjunto de Indivíduos dissociados da sociedade?!


No fundo o que eu pude contemplar, é uma campanha que reflete e insiste na consolidação na unicidade do Estado, ignorando motivos discriminatórios fundada em ideologias partidárias, convicções filosóficas, origem étnica e raça.


Com a tomada de posse do novo governo, é impossível nos escusarmos a pensar sobre as mudanças mais necessárias para construirmos um País próspero e justo. Nesta nova faze o essencial é dar um voto de confiança, ajudar e romper as mazelas de nossa incapacidade de separar direitos de privilégios.


O que se especulava em Angola, é que o setor público se autoconcedia uma infinidade de privilégios que os outros angolanos não tiveram. Essa situação vê-se frustrada de facto com o que se tem materializado com o lema do MPLA “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”. Recentemente, com o lançamento da campanha de moralização da sociedade pelo MPLA acreditamos que os resultados não tardam a beneficiar por um lado o real funcionamento da Administração Pública.


Minha conclusão é que a lei mais urgente que o País necessita é a Lei da Moralização, uma Emenda Constitucional que proíba a criação e acabe com qualquer benefício, auxílio, regalia previdenciária ou abono existentes no sector público que não sejam exatamente iguais aos existentes no setor privado. Os elementos do poder político, assim como os militares e todos os outros servidores merecem ser muito bem tratados, exatamente como os demais angolanos que pagam com os seus salários as suas contas.


O MPLA assume mais uma vez na história de uma nova governação, o desafio de acabar com a deturpação dos serviços públicos através desta companha de moralização da sociedade. Quem deveria servir ao público, com frequência servia-se do que é público. O partido dominante, põe fim aos privilégios, e apregoa que as regras têm de ser iguais para todos.