Luanda - CARTA ABERTA AO SENHOR SANTOS BIKUKU, SUBCOMISSÁRIO DA POLÍCIA NACIONAL DE ANGOLA E EMPRESÁRIO DO MPLA.

Fonte: Club-k.net

Em resposta a vossa mensagem enviada hoje 06 de Maio de 2019, via rede social Facebook ( em anexo), por volta das 12h00, e que passamos a descrever; “BOA TARDE ILUSTRE LG(LIGA) AGORA PORQ VOCE FOSTE BENEFICIADO EM UMA VIATURA AINDA HOJE OU CONTACTAR O TERMINAL 948 416 313”.

Com um sentido de concordância atabalhoado, mas consegue-se perfeitamente perceber à mensagem transmitida de que fomos agraciados, com uma viatura e, apesar de não mencionar na mensagem em questão, os outros bens oferecidos, para além da viatura, que são: a máquina de filmar e um televisor plasma, vide imagens em anexo.


Agradecemos à intenção ilustre Santos Bikuku, Subcomissário da Polícia Nacional de Angola e Empresário do MPLA, mas nos surpreendemos com à oferta vinda de uma entidade, com quem, nunca tivemos qualquer ligação ou contacto. E tendo em conta ainda, que não fomos distinguidos ou premiados por nenhuma intuição que galardoa, órgãos de notícias e jornalistas pelo mundo fora. E pelo que nos consta não é o objeto social do empresário e, não obstante a isso, não seriamos nós os escolhidos.


Nesta senda, saiba que não o vamos contactar e nos recusamos em aceitar ofertas do género, com objetivos concretos, tendo em conta que é um dos métodos do MPLA para subornar, corromper e silenciar, todos aqueles que se comprometem em defender a Paz, a Justiça e a Liberdade dos povos oprimidos.


SENHOR SANTOS BIKUKU, SUBCOMISSÁRIO DA PNA E EMPRESÁRIO DO MPLA,


Uma vez mais, agradecemos às ofertas e saiba também que estamos comprometidos à luz da verdade, da justiça e do direito internacional em defender à Autodeterminação do Povo de Cabinda. E a missão como “jornalista e activista” é o de levar às pessoas o conhecimento da verdade sobre os factos. Que fique bem patente “dinheiro nenhum” calará avozdecabindambembubuala.com


Aos empresários não cabe somente empreender, a questão social deve também fazer parte da suas atividades, neste sentido e como é do vosso conhecimento, duas regiões do sul de Angola (Cunene e Namibe), estão gravemente afetados pela seca, desde de 2018, o aconselhamos em proceder a venda dos bens ( a viatura, a máquina de filmar e a televisão plasma) e, doar os valores à recadar as vítimas da seca.


Que necessitam urgentemente de ajuda e não de campanhas propagandistas, desencadeadas pelo executivo de João Lourenço na semana finda, com a doação de bens de primeira necessidade fora do prazo.

06 de Maio de 2019


A T E N T A M EN T E

José Manuel Kabangu
Jornalista e activista político