Luanda - A diversidade de situações e a sua variação no tempo, em termos de urbanização e precariedade, remete-nos para uma incursão dos bairros suburbanos de Luanda, sobressaiu-nos num olhar atento sobre o espaço residencial doméstico, ao nivel do talhão e da casa principal, os tipos habitacionais significativos dos grupos sociais que constituêm uma estrutura inteligivel no sentido da estrutura social e da propria mobilidade, nos periodos de mudança social rapida, como na situação de suburbanização acelerada, os tipos de casa que raramente são de estruturas de identificação simples e estável, porque se transformam rapidamente, assim como os grupos sociais a que eles correspondem.


Fonte: Club-k.net


Segundo Ekambi- Schmide (1972), no seu estudo sobre a percepção do habitat, a palavra “ habitação” recobri de diferentes significados tais como:


Acção de habitar- movel-lugar-é ao primeiro sentido que autora aplica a sua análise por meio da etimológia do verbo habere, realizando um levantamento do qualificativo emprestado a casa, este estudo visou fornecer indices de oposição entre a habitação antiga e a contemporânea, marcada pela precariedade das coisas, do nomadismo e da mobilidade residencial, mostrando à arquitectura como expressão dos valores de uma civilização, assim como a sua organização familiar, ou seja à autora lembra-nos da repartiçao do espaço segundo o sexo      

 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, consagra num dso seus postulados, o Direito  habitação, temos perfeita consciência de que é um problema algo bicudo, ou seja de alguma cavilosidade em termos de resolução hodiernamente, e que todos os estados e o nosso não  foge efectivamente a regra.

 

A habitação faz parte dos nossos problemas de hoje, é uma das necessidades basicas, incontornavel para dignidade e que condiciona as liberdades sociais, que bastas vezes são sustentados pelos nossos  aulistas castrenses.

 

Ao contrário da àgua que o ser humano precisa para poder viver, e a saude para o bem estar fisico, a habitação toca numa questão muito profunda do ser homem, da construção da nossa personalidade humana, naquilo que alguns estudiossos chamam de ” O fundamento antropológico  ” que tem haver com algo muito primitivo da nossa maneira de viver e da nossa evolução planetária, por  isso é que os homens e mulheres do nosso tempo, precisam de ter na terra um espaço de referência ou seja um lugar.


A terra onde nascemos, por norma devera  ser-nos muito importante, e a referência primaria que a terra ou a casa, mesmo sbendo quedesde os primordios a terra sempre foi e, e mais importante, pelo facto de termos todos os nascidos numa terra normalmente particularmente em Africa que por força dos seus valores simbólicos da nossa tradição e até mesmo dos valores  sujectivamente (onómatopaicos). Porque somos tidos como adultos de facto quando construimos as nossas proprias habitações, ou seja quando erguemos uma obra, seja qual for a dimensão da mesma, o importante e que tenha sido feita com o suor e lagrimas nosso labor diário, por isso deve-se valorizar o esforço capital empreendido neste dominio.

 

Enquanto pesquisadores da ciência do urbanismo, defendemos o caracter antropologico da propriedade, onde impéra o sentimento de pertença, uma expresão por vezes recorrente por muita boa gente (estou na minha casa, ou na minha terra) é uma expressão que encerra um valor simbólico muito forte e que representa a auto- estima do individuo, implicando por vezes uma especie de estruturaçao da personalidade humana, porque a minha propriedade e um garante logico do exercicio da minha liberdade social.

 

A declaração universal dos direitos humanos, diz-se dentre outras coisas que se deve procurar criar condições de habitações dignas e não as que nos são dadas a ver no nossos dias e nas nossas cidades e vilas, e atendem o rotulo sacro- santo de habitação social.


Na cimeira de Estrasburgo de 1996, sobre habitação, ficou bem clarificado de que todos os processos de construção habitacional, em todos os paises do mundo sobretudo os paises do Sul, conclui-se que uma das melhores formas de resolução, que se apresentam como das mais eficiêntes e satisfactorias e que, ainda hoje acabam por ser seguramente uma mais valia sobretudo entre nós, é a auto- construção dirigida, apesar de não ser a única saida, é uma das possibilidades mais apropriadas para o nosso caso, pelo que somos do entendemento que cabe aos estados criarem condições infra-struturais básicas tais como, o saneamento,  rede esgotos, electricidade e sobretudo as redes viarias, deixando as pessõas fazerem a sua auto- construçao, claro que deve ser dirigida na medida em que muitas vezes e preciso regular e para se evitar as construçoes brawnianas, a Administraçao devera ceder o modelo de habitaçao.


Nas nossas cidades acaba por ser de facto extraordinarias a forma como a nossa gente constrõe, quer dizer que ela precisa e duma bussula orientadora para não resvalar para o extremo, este esforço dos cidadaos deve ser enquadrado e ordenado pelas autoridades, no sentido de se organizar.


Temos consciência que por vezes os governos são adeptos vendados dos mega projectos que tem por detrais interesses imobiliarios bastantes poderosos que os aliciam com proposta tentadoras de muitas destas construtoras, que os imbebedam com projectos urbanisticos sedutores que as maquetas bem sabem impressionar, mas que napratica não resolvem a medio prazo os problemas gerais da esmagadora maioria da populaçao, tornando cada vez mais custosos os preços desses bens sociais.
 

Cláudio Ramos Fortuna

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Urbanista