Lisboa - A Caixa Geral de Depósitos emprestou 125 milhões de euros a Isabel dos Santos para comprar ações da NOS, a antiga ZON, sem certezas de que teria o dinheiro emprestado devolvido.

Fonte: CM

Banco de Portugal considerou empréstimo imprudente

No final de 2009, Portugal estava a um passo de entrar em falência. Com uma banca muito fragilizada e os cofres vazios, o País foi obrigado a pedir ajuda aos parceiros europeus.


Perante este cenário financeiro, a CGD aprovou um crédito sobre o qual não tinha garantias de que teria retorno, como revela o programa 'Investigação CM' da CMTV. O dinheiro foi emprestado à Kento Holding, uma sociedade do grupo Fidequity, da qual Isabel dos Santos era dona.


A única garantia deste empréstimo foi dada pela empresária angolana. Ou seja, caso a empresa Kento não garantisse o pagamento do dinheiro emprestado, seria esta a fazê-lo.


A operação levantou muitas dúvidas, tendo o Banco de Portugal considerado este empréstimo imprudente.


A direção geral de risco deu um parecer condicionado e não aconselhava a Caixa a fazer a operação sozinha. Ainda assim, a empresária angolana viu o seu crédito ser aprovado.