Luanda - As autoridades governamentais denotam um estranho interesse de tutelar o programa de inumação dos restos mortais de JONAS SAVIMBI, presidente-fundador da UNITA, marcado para o próximo dia 1 (sábado) na Lopitanga, província do Bié.

Fonte: Facebook

Uma vez validados os testes de DNA, a entrega dos restos mortais à família está marcada para hoje dia 28, na cidade do Luena, de onde partirão para a cidade do Huambo, onde pernoitará na "Casa Branca", sua conhecida residência.


O programa inscreve a passagem da urna pelo Andulo, antes de chegar a Lopitanga no dia 31, com a inumação marcada para o dia seguinte.


Depois de descartar a realização do funeral com honras de Estado (um pedido nunca chegou a ser solicitado nem pelos familiares e nem pela organização partidária) ... as informações que estão a chegar, descrevem um comportamento estranho por parte das autoridades com quem os organizadores da cerimónia fúnebre já haviam concordado em que âmbito e quais seriam os limites temporais da intervenção do governo.


Há quem fale mesmo em sabotagem ...

 

Por exemplo, contra o inicialmente programado, as autoridades queriam entregar os restos mortais ontem, em vez de fazê-lo hoje!

 

Não sobram dúvidas que a medida que as datas da execução do programa acordado se aproximava da prática vimos assistindo a notáveis sinais de "nervosismo" por parte de quem, primeiro subestimou a capacidade de mobilização dos "maninhos", julgando que um irrisório apoio logístico atribuído (transporte aéreo e algumas máquinas de terraplanagem) reduziria a dimensão do acto; segundo, a tentativa de ofuscar a Lopitanga, passava também pela sobreposição de eventos a realizar simultaneamente em Luanda e pelo restante do país (o estranho agendamento do julgamento de Augusto Tomás).

 

Em todo este "rodísio" de acontecimentos, o mais intrigante é saber-se até onde as autoridades governamentais cessam a sua interferência num acto cuja condução deve ser tempestivamente entregue a família que saberá com quem deverá dar finalização da cerimónia.

 

É importante que o Executivo cujo apoio ninguém subestima saiba retirar-se para posições mais periféricas, e menos incómoda!

 

Em ambientes fúnebres como este os familiares querem recolher-se com os seus mais chegados, sob pena de legitimarem-se as desconfianças dum tal aproveitamento político e de marketing à falsa reconciliação e hipocrisia!