Luanda - A UNITA escreveu Sábado, 1 de Junho de 2018 em Lopitanga, mais uma página da História de Angola ao inumar com dignidade, civilidade e elevação os restos mortais do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente Fundador da UNITA e cofundador da República de Angola.

Fonte: Club-k.net


A minha geração tem agora a responsabilidade singular de conferir à localidade de Lopitanga a dignidade histórica e a dimensão política que a Pátria e a História lhe reservam. Seja pela edificação justa do Memorial de um dos fundadores da nacionalidade angolana, seja pela promoção de investimentos turísticos na vizinhança, seja pela correcção dos erros e excessos que cometemos na gestão dos conflitos e controvérsias de que ainda são alvo a figura e a obra do Dr. Jonas Malheiro Savimbi.


Da minha parte, devo informar a todos os que comigo partilharam, de várias formas, a dor, a frustração ou a raiva que o comportamento do General Pedro Sebastião nos causou, que enderecei ontem um pedido formal de desculpas ao General Pedro Sebastião por ter utilizado numa conversa digital uma expressão indecorosa e inapropriada para exprimir o meu sentimento de repulsa pelo seu comportamento na gestão do dossier “Exéquias do Dr. Jonas Malheiro Savimbi”.


Pedi desculpas ao General, tanto no plano pessoal como no plano institucional, por ter utilizado a expressão errada para adjectivar a sua pessoa quando pretendia adjectivar apenas o seu comportamento com o sentido e a força que a expressão utilizada encerra.


Lopitanga veio confirmar e reforçar a estatura política de Jonas Savimbi, o Patriota. Veio eternizá-lo, não como mais um Patriota, mas como o Patriota. Lopitanga veio provar a Angola, à África e ao mundo que os angolanos em geral são patriotas, são civilizados e não permitem que os erros humanos dos construtores da sua Pátria ofusquem a dimensão dos seus feitos nem a sua contribuição para a construção da Nação.


Lopitanga revelou verdades incómodas para alguns, os mesmos que durante anos promoveram a mentira, a calúnia e a divisão entre os angolanos. E veio colocar sobre os nossos ombros a responsabilidade de defender a nossa única Pátria contra a sangria dos nossos valores, da nossa identidade, dos nossos recursos e do nosso futuro, promovida por aqueles compatriotas que nos querem ver permanentemente desavindos, talvez porque eles tenham outra Pátria ou não se sintam angolanos em primeiro lugar e acima de tudo.


Como afirmou o Presidente Samakuva durante o elogio fúnebre, “foi bom terem finalmente libertado os restos mortais do Dr. Savimbi, que estavam presos”. Porém, prosseguiu, “já não foi bom terem sabotado o compromisso que inicialmente foi assumido pelo próprio Presidente da República, e, consequentemente, o programa das exéquias organizado pela UNITA e pela família do Dr. Savimbi”.


Mas Lopitanga provou também que a sabotagem às exéquias do Presidente Fundador da UNITA, orquestrada por altos dirigentes do Estado angolano, apenas confirma que este Estado não é ainda o Estado Democrático que a República de Angola fundada pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi deve ter. Talvez seja um Estado impostor ou prisioneiro de forças oligárquicas anti Angola. Por isso, foi para nós um alívio este Estado impostor não nos ter obrigado a enterrar o Dr. Jonas Savimbi com seus símbolos ou suas honras, porque seria ultrajante para o Patriota receber honras de um Estado excludente, que não tem honras para dar aos seus filhos, porque não tem palavra, vive da desonra e da fraude e a todos quer desonrar e defraudar.


Lopitanga veio provar que a UNITA é factor de estabilidade em Angola e que com a UNITA a construção do futuro inclusivo e do Estado representativo de todos é possível.


Honremos o Muata da Paz.
Honra e glória à memória de Jonas Malheiro Savimbi.