Luanda – A partir do dia 24 deste mês, os preços da electricidade vão aumentar substancialmente, sobretudo para os clientes do comércio e da indústria, que vão ver os valores das suas facturas duplicar. No entanto, os clientes carenciados ou vulneráveis, que não consumam acima de 120 quilowatt, não vão sofrer qualquer aumento.

Fonte: NJ
Já os clientes inseridos na categoria monofásica, antes designada doméstica geral, e que são a maior parte, vão ver os preços aumentar 77 por cento. Na categoria doméstica social dois o aumento ronda os 113,7%.

Os maiores aumentos vão, aliás, abranger três categorias, nomeadamente a doméstica social dois, a monofásica e a trifásica, segundo o jornal Expansão, que consultou uma fonte do Ministério das Finanças.

Diz o semanário económico que, em termos gerais, para estas três categorias ou segmento de consumidores, o aumento ronda os 97%, já que o preço por quilowatt/ hora passa dos 6,5 Kz para os 12,8 Kz.

As facturas dos clientes do comércio e indústria vão aumentar 108%. Na alta tensão, que se reserva a empresas que compram energia para revender haverá um aumento de 56%. A partir de Junho, a medição da energia será feita obrigatoriamente por meio de contadores.

A medida, que vem expressa num diploma do Ministério das Finanças, visa aprovar as tarifas de venda de energia eléctrica, com base em fórmulas, suas variáveis, factores de potência e multiplicadores, aplicando-se aos diversos tipos de consumidores no território nacional.

Segundo o mesmo diploma, as tarifas de venda de energia eléctrica podem ser actuali- zadas trimestralmente, sendo os incrementos de custos apurados pelo órgão regulador do Sector Eléctrico, devendo ser homologados pela Autoridade de Preços.

O Expansão lembra que este valor não cobre o custo real médio de produção que o Banco Mundial diz ser 15,8 Kz por kWh, de acordo com um documento onde se encontram os moldes do programa de financiamento a Angola, que será decidido em breve, para mitigar os efeitos do fim da subsidiação estatal a vários sectores como o da energia.

Esta subsidiação custa vários milhões USD ao País e tem permitido manter os preços da electricidade a valores abaixo dos custos de produção