Luanda - Quando o Comité Central intermitiu o uso político de Tchizé dos Santos, não se sabe, se fez – lo por cunho intelectual ou racional, talvez, fez – lo por carácter emocional ou de força, pois que, Tchizé dos Santos, é uma das politólogas mais cintilantes da actualidade no âmago feminil, aliás, não há mulher tão pulsátil com tanta volubilidade quanto Tchizé dos Santos (…).

Fonte: Club-k.net

Tchizé patenteia um carácter político motivador de massas juvenis, de que poucos o têm, o despejo de Tchizé longe do C.C. imitasse a de Viriato da Cruz em 1963, quando por sortidas causas o então Presidente do MPLA vigorante na altura deu um chega à Viriato da Cruz, arranjando – o longe da companhia do Partido dos camaradas, pela ironia do destino, o futuro prescreveu uma descida do regime, condenada por dissensões internas, Viriato que tinha a possança política única, fez penúria assaz, ao ponto de Mário Pinto de Andrade ter reconhecido que, a expulsão de Viriato da Cruz empolgou a decadência política do MPLA, culminando com a famosa revolta activa em 1963 e revolta do leste em 1974.

 

Tchizé dos Santos, é sem sombras de dúvida, a mulher mais efusiva da política angolana, aquela a que o medo não conhece a sua alma, nunca usou a teoria da desunidade do MPLA, nunca foi contrária aos interesses do MPLA, nunca teve interesses económicos, nunca quis cargos no governo que sempre liderou o País, a que também é nata. O seu nome nunca registou – se em função alguma de Ministra, de Governadora, ou de então, de um acto administrativo no País, mesmo quando o seu Pai (Patriota) era o Chefe de Estado, soube durante longos anos, com humildade e sapiência, seguir sempre o que o Partido a orientava, deixava o tempo dar – lhe as melhores directrizes e soluções sobre o futuro, com engajo, fé e optimismo, nunca se ajoelhou face as circunstâncias impostas contra o MPLA, sempre defendeu o MPLA, antes de tudo e de qualquer coisa (…).

 

No interior de sua alma, mora uma mulher a quem todos louvam a integridade de carácter, e força que não se sabe medir ne a metro, nem sequer a balança, de lutar por Angola, e vê – la cada vez melhor e acima de todas as nações africanas. É uma mulher visionária e bastante inteligente, é calculista, e persistente. Expulsar Tchizé dos Santos, é retirar a força motriz do Partido, e deixá – lo vazio de força. É um erro sem número. Quando uma mulher, com um interior do tamanho de Tchizé, que deveria dar muito por um País pobre de intelectuais de facto, é expulsa de uma organização política que carece de intelectuais verdadeiros e pro – activos, com qualidade e visão, como Tchizé dos Santos, somente os sépticos e apedêutas, não percebem que quem perde não é Tchizé dos Santos, mas sim, quem a suspendeu do C.C., que a acaba de perder um cérebro da política, que jamais o alcançará caso não reveja tal acto hostil. O seu nome baptizou hoje a política nas redes sociais, o vulto de Tchizé dos Santos corre em todas as veias das redes sociais. Tê – la longe do MPLA, é ter o MPLA perdido entre vozes contrárias.

 

Tchizé dos Santos é a esteira dos debates nas redes sociais, é o factor decisivo da acção do MPLA nas redes sociais, é a esteia moral e a grande ideóloga do MPLA na orla da nova geração, uma mulher muito atenta aos princípios fundadores do partido, não no sentido de os fornecer ou de os policiar, mas de os defender sempre quando a UNITA, a CASA – CE ou outra organização política se atreve à atacar. Uma mulher que sempre amou o MPLA antes de tudo, e de qualquer coisa, foi capaz de tudo pelo MPLA.

 

Um dos argumentos mais usados pelos camaradas no ataque à Tchizé dos Santos tem sido a violação dos estatutos, ficando por esquecido de que Tchizé não é a única que violou estatutos do MPLA, há variados indivíduos que o fizeram e nada contra os quais sucedeu, porque apenas esta tem de ser afastada por se encontrar ausente, face as circunstâncias de perseguição que se impõem contra a sua existência. Contudo para além de situações clamorosas que decorrem no seio do MPLA, em vez de se afastar uma política tão brilhante quanto Tchizé dos Santos, o Partido deveria esgotar todos os recursos para manter uma mulher quanto esta, de que não a encontramos no meio político angolano. Desde então, esse facto ficou registado como um tiro dado a democracia no seio do MPLA, pelo facto do poder contraditório de Tchizé ter merecido uma censura inóspita cujo teor visou mantê – la longe da confraria do C.C., ora bem, diga – se a verdade, a liberdade no MPLA está em profunda decadência, ou então, com esse acto deixou de existir. Ora, é impossível uma verdadeira liberdade no seio do MPLA, sem camaradas livres e capazes de expressarem as suas ideias como impõe a Carta Magna Angolana, sejam essas contraditórias ou não, a democracia no seio do regime, com este acto, encontra – se completamente asfixiada. Esta liberdade de exprimir livremente as suas ideias no seio do MPLA, anda esquecida por muitos, e caluniada por distraídos, burocratas e ditadores, como nos tempos de Napoleão Bonaparte que somente, era verdade e certo, o que dizia o Rei (…).

 

Aparentemente, mas que destrutivo e aviltante, o pior hálito de desdém a democracia no seio do MPLA, foi o facto de se ter suspendido Tchizé dos Santos do seu exercício político, dentro do núcleo chave do MPLA. Todos os elementos utilizados para afastá – la do comité central, concorrem para a diabolização da democracia no seio do Novo Regime Angolano, ainda mais, para tornar o Congresso Extraordinário sem sal, porque aquela mulher que havia de salgar tal congresso deixou – se ficar no vazio, e não há voz alguma que saiba a substituir.

Quo vadis ngola yeto!

João Henrique Hungulo