Luanda - Depois da publicação, neste site, do artigo sob o título “ÂNGELA BRAGANÇA: O TITANIC QUE “METEU ÁGUA” NA TPA!”, a ministra do Turismo socorreu-se da Agência Angola Press (Angop) para reiterar, de forma sôfrega e desesperada, o que disse em entrevista concedida recentemente à Televisão Pública de Angola (TPA) e, num raro assomo de honestidade política e intelectual, admitir que, afinal, existem lacunas no sector que dirige; ela admitiu que existem lacunas, mas não disse quais são e como pretende colmatá-las. Adiante!


Fonte: Club-k.net

Se, por descarga de consciência, Ângela Bragança admitiu timidamente, em declarações à Angop - Ministra reconhece lacunas no Turismo -, que há lacunas no sector, manda a verdade dizer que à ministra da Hotelaria faltou revelar que, nos últimos dias,  desencadeou uma caça às bruxas naquele Departamento Ministerial para se descobrir quem vazou informações relativas à inercia e ao ambiente de “cortar à faca” que se vive hoje no Ministério.


Tanto assim que Ângela Bragança está a puxar dos seus “cordelinhos políticos” para “espiar” funcionários do Ministério com o propósito de saber quem está por detrás da origem do apontamento intitulado “ÂNGELA BRAGANÇA: O TITANIC QUE “METEU ÁGUA” NA TPA!”


Para a paz e sossego da ministra, sou forçado a revelar que o autor destas linhas é funcionário efectivo deste Ministério há mais de 20 anos, que, depois da entrevista que concedeu à TPA, ficou a saber que a actual titular está para tudo, mas menos para dirigir um pelouro com o “peso” e a  “medida” que tem o Turismo em tempo de paz.


O desencanto é total no Ministério; a descrença na sua capacidade técnica e administrativa é generalizada. A sua nomeação para o cargo de ministra do Turismo revela que “o percurso e a lealdade política”, em Angola, continuam a sobrepor-se ao primado da competência técnica ou académica. Mas mais do que isso, fica claro que no âmbito da sua magistratura João Lourenço não quer fazer diferente que o seu antecessor; quer fazer igual ou pior. Veremos, pois, como serão as coisas no domínio da governação depois do tão ansiado congresso a ter lugar em Luanda nos próximos dias. 


Por isso, causou-me uma “dor de alma” tão grande quando no decurso da entrevista que concedeu à TPA, a ministra não soube dizer ao País e aos angolanos em geral qual é o orçamento cabimentado ao sector e muito menos assinalar a existência de um site de informação do sector, veículo muito importante nesta “Era da Informação”.
 

Ângela Bragança falou dos polos de Cabo Ledo e de Calandula como se fossem os únicos recursos turísticos do País. A ministra não disse, em momento algum, qual é o produto turístico-âncora para o relançamento da actividade turística. É caso para dizer que se a ignorância pagasse imposto, a da ministra bem serviria para alavancar o sector e ajudar a diversificar a Economia Nacional.