Luanda - Nada neste mundo supera a vida de um homem que luta em prol da vida dos demais humanos, a estes chamam - se de Homens imortais, que dão as suas vidas pelas dos outros, foram estes homens que criaram o Partido que livrou os angolanos dos açoites impostos pelo colonialismo português.

Fonte: Club-k.net

Figuras que deram o primeiro sopro de vida ao MPLA

Começa – se o presente texto de opinião com o adágio de Johann Paul Friedrich Richter, um escritor romântico alemão muito admirado na sua época. A modificação que fez no seu nome deveu-se à admiração que sentia por Jean-Jacques Rousseau, no seu aforismo Jean Paul afirma:

“Se quizermos afastar a imortalidade do plano heróico, então a beleza moral é transformada numa bolha de sabão em ruínas”.

 

Há anos que homens vêm se batendo com a questão voltada a origem do MPLA, em cuja expressão ante - narrada, visava pôr um limite intransponível entre a criação e a fundação do MPLA, na face da terra. Esse quadro ideológico registava nas asserções de natureza intelectual do passado cruzadas de bastante controvérsias, de fundamentos ideológicos, à luz do plasmado na origem (criação e fundação) do MPLA, nos termos atinentes ao espaço, tempo e pessoa.

 

A questão em torno da origem do MPLA trouxe à tinta da esferográfica inumeráveis apólogos memoráveis de colisões ideológicas, no qual filósofos, políticos, pesquisadores e escritores entram em contraste, para construir diferentes concepções sobre o processo antes da concepção, ou antes da origem do MPLA, e o fenómeno através do qual, a criação, e fundação do MPLA, se impuseram como factos evidentes no plano prático.

 

Se ontem, os homens se maçaram para trazer à história a origem do MPLA, hoje, alteamos o mesmo tom de voz na mesma esfera, aliás, com subida quão alta da sua largura, e atacamos com todas as formas materiais e imateriais de buscas à processos escritos e verbais à colocar em plano vivo as razões porque surgiu um titã tão gritante na grandeza do MPLA – estando perante a origem e fundação deste partido. A origem e fundação do MPLA veio ser a sorte do povo angolano mergulhado no sofrimento à resgatar – lhe a alma da esperança, a liberdade e a independência de todas as revés coloniais, impostas com a força do rancor, que engolia todos os direitos do povo angolano, até o direito de se defender, e se proteger. O nosso engajo, neste artigo de opinião, traz como reflexo capital, a busca da origem do MPLA, passando pelo conhecimento de uma Angola longínqua estigmatizada pelo processo primitivo de colonização até à colonização real, desta ao processo que localizou as primeiras manifestações ideológicas, até à sua consumação estrutural, procurando respostas exaustivas de contrastes entre escritores, filósofos, historiadores, pensadores, sociólogos, analistas e pesquisadores de toda natureza humana, nos colocamos face às linhas ideológicas que deram lugar à sua aparição cósmica. Nas palavras de Friedrich Hegel, o objectivo da história é que a mente atinja o conhecimento do que é real, e, torna esse facto representativo, realiza-o num mundo existente, e o produz como objectivo. O essencial é que esse objectivo seja bem feito.

 

Os interesses de criar uma organização com o pano de fundo voltado à independência nacional de Angola, tomou o tom da audácia experimental de autênticos heróis, isso deu vida ao admirável arcano da liberdade que estava sepultado em túmulos insólitos da esperança. A expressão liberdade vista como um vocábulo oco de realização, nutriu – se de maneira fervorosa, tomando Angola em sua posse, sob o dilema que ditava a entrega dos homens pela causa da pátria, daí o pano de fundo se reservar como o lume aceso à existência do íntimo que fez grande o País e os seus heróis. O pano de fundo se constitui no princípio de todas as coisas que alçaram o patriotismo e o nacionalismo como valores centrais que puseram em relevo o fim da era apocalíptica do colonialismo, à quão tom que nem réis e príncipes conseguiriam mantê – lo em pé. A luta foi a faculdade central à qual todas as percepções angolanas estavam dispostas à fazer presente na geoestratégia anti – colonial angolana, como recurso inegável à existência necessária da independência dos angolanos, para tal, o sacrifício que tinha à sua volta o padrão de esforço certificado na perda de sangue em combate, dependendo dos fenómenos contraditórios que pintavam o passado anti – colonial, foi uma medida de heroísmo longe do comum, para o País e o seu povo, para que Angola fosse o que hoje é, apesar das circunstâncias tórpidas que empenaram o curso milagroso ditado pelo passado do País.

 

Os homens imortais são o eixo central da génese do MPLA. Os Homens imortais impõem o começo de tudo, a origem do MPLA. No presente artigo de opinião que aborda os Homens Imortais, tratamos de anunciar as figuras que deram as suas vidas à origem do MPLA, que são o alicerce da fundação do MPLA em todo processo político, social e ideológico que fez do MPLA um facto, junto à todo o processo que ante existiu à sua figura. Os Homens imortais expõem a origem e todos os caminhos colaterais pelos quais o MPLA calcou para que se fizesse afirmar como organização de carácter político e ideológico para salvar Angola da barbárie da opressão colonial; trazem à história o seu rosto, com todas as suas sinuosidades e azares.

 

Os Homens imortais revelam a figura de natalidade do MPLA. Os Homens imortais revelam uma dimensão complexa da origem do MPLA à semelhança dos movimentos aparentemente excepcionais dos planetas que têm que ser explicados por uma única e simples hipótese, que não apenas, tornaria inteligíveis as aparências tomadas separadamente, mas estabeleceria ao mesmo tempo a interconexão entre todas elas. Os Homens imortais nos remetem à uma relação de mutualidade entre as ideias e a acção, entre a teoria e a prática, os Homens imortais dão lugar à acção das ideias de nacionalistas, traz ao mapa o que antes era um mero pensamento subjectivo e teórico. Da criação e fundação do partido, até à epifania do mesmo. A memória da imortalidade destes homens, traz à ribalta histórica grandes figuras que marcaram o nacionalismo angolano, a vida destas figuras do MPLA enaltece os homens imortalizados na história e os grandes nomes do nacionalismo angolano. Os Homens imortais são o ventre do nacionalismo histórico que rebusca o passado que cunhou Angola ontem.

 

Como o título do artigo expressa: “Homens imortais”, trata – se de homens que nunca morrem, pode morrer a carne, os ossos, mas permanecerão na história como lendas e grandes heróis à inspirar com seus feitos a humanidade de cada nação pela qual sacrificaram e lutaram. Este artigo de opinião tem o objectivo de demonstrar experimentalmente a valentia da imortalidade das figuras nacionalistas angolanas, que deram sopro de vida ao nacionalismo angolano através da criação do MPLA. Foram valentes guerrilheiros em prol da causa angolana, assumiram o perigo como a única moradia possível de tê – la em companhia, muitos dos quais lutaram a vida toda, e a única forma de paz que encontraram foi a morte física apenas, porém, as cicatrizes que deixaram para trás continuam vivas como o fogo aceso que se eterniza sobre sucessões de gerações. Viveram uma vida de lutas incensáveis em prol da emancipação do povo angolano e de Angola, em prol da unidade de todos os angolanos, nunca tiveram descanso algum, fizeram tudo de forma altruísta, e nada receberam em troca pelo sacrifício que consagraram em nome da nação, eram sobreviventes das balas que atacavam os seus companheiros em frente de combate, mas permaneceram vivos das ruínas causadas pela guerra anti – colonial, ergueram eles o primeiro movimento de libertação de Angola, de facto, são os verdadeiros homens imortais, os que sonharam e realizaram os seus sonhos para o bem de um povo, de uma nação, os que esqueceram as suas vidas, as suas famílias, o seu futuro, e, dedicaram de forma absoluta, a vida em prol da nação, como Eng. José Eduardo dos Santos “O pioneiro da Reconciliação Nacional e da Reconstrução Nacional, o Pacificador, o Pai da Paz, o Pai da nação angolana”, Dr. António Agostinho Neto “O fundador da Nação Angolana”, Viriato da Cruz, “o pioneiro do MPLA – o verdadeiro Arquitecto do MPLA”, Mário Pinto de Andrade “O pioneiro da negritude – Lusa e da consciência negra”, Matias Miguéis “co – fundador do MPLA”, Eduardo Macedo dos Santos “co – fundador do MPLA”, Lúcio Lara co – fundador do MPLA”, Deolinda Rodrigues e Lucrécia Paim “As mamas fundadoras da OMA”, Hoji – ya – Henda “Filho querido do povo angolano e combatente heróico do MPLA, o Pai da JMPLA”, Ilídio Machado “O pioneior do PLUA e do MINA”, Iko Carreira “Guerrilheiro imortal”, e tantos outros, de que a caneta não tem força para descrever a imensidão de suas memórias e feitos, que já se tornaram sagradas, pela pátria na qual lutaram e morreram, e permanecem e permanecerão até a eternidade da história sobre sucessões de gerações: “Homens imortais”, vivos ou mortos, continuarão vivos através dos factos por estes realizados, parafraseando Milan Kundera “O homem pode pôr fim à sua vida, mas não à sua imortalidade.”

 

Pela honra e pela glória da imortalidade dos nossos heróis, apresenta – se ao longo do discurso desta opinião algumas das provas vivas que já se possuem acerca do envoltório do nacionalismo dos intelectuais que deram origem ao MPLA, a que o autor deu – los o nome de “Homens imortais. Por meio da pesquisa material sobre seu passado o autor criou ideias preconcebidas sobre o seu impacto no passado que hoje situa o presente da nação angolana, o autor reúne provas autênticas, absolutas e irrecusáveis da existência da imortalidade desses homens, não uma imortalidade física, mas uma imortalidade histórica e patriótica, gravada na memória da nação, por consagrarem as suas vidas para o bem da nação e da vida da Pátria, negaram as suas próprias vontades e acusaram – se serem escravos leais dos interesses e propósitos da Pátria: “Pátria ou morte nunca a negaremos” — disseram os homens imortais.

 

Eles representam a contextualização do nacionalismo angolano, através das suas ideias que deram voz ao surgimento de uma política puramente angolana, forneceram um enquadramento e uma visão global das grandes ideias para a formação de um Partido de massas, desde os seus estatutos, até a sua estrutura organizacional, são homens fenómenos, “marcaram o seu tempo e se repercutem ainda no presente”. Na sua vida de lutas aparecem intrigas, desavenças e desunidade, mas é isso que significa humanidade, não é um caminho feito de rosas, é um caminho de percalços, de espinhas e flores, “onde também se revela uma personagem tenebrosa”.

 

A luz da independência e da liberdade projectada sobre os milhares de angolanos que sofriam as injustiças coloniais nas roças de café e algodão, marca a imortalidade desses homens nos corações de todos angolanos dentro e fora da nação, dos que nascem, crescem e morrem em Angola, esses são os verdadeiros heróis da pátria, que lutaram incansavelmente para a sua liberdade, se constituem no que chamamos “Homens imortais”.

 

Bem – Haja!