Lisboa - O Ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança da Presidência, general Pedro Sebastião, adaptou medidas de austeridade quanto ao funcionamento da estrutura que dirige deixando “irritado” a uma corrente de militares “apaixonada” pelos ‘modus operandi’ do seu antecessor Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.

Fonte: Club-k.net

De acordo com apurações, a “irritação” que Pedro Sebastião estará a causar tem se verificado geralmente na gestão de despesas das deslocações do Presidente da República ao estrangeiro. Isto é, sempre que o Chefe de Estado se ausenta do país, é disponibilizado uma verba (acomodação, alimentação, transporte, comunicação) para as despesas dos oficiais militares da Unidade de Segurança Presidencial (USP) que o acompanham na viagem. Chegados ao destino, o ministro de Estado orienta a distribuição, de uma “ajuda de custo de viagem” para cada soldado. Acontece, porém, que quando sobram verbas do “cashé” destinado a delegação, o ministro posto em Luanda devolve a tesouraria da Casa de Segurança.

 

No tempo do general “Kopelipa”, em caso de sobrar dinheiro, o mesmo dava uma gorjeta aos soldados e a outra parte passava a ter destino incerto. Tinha a reputação de guardar “sacos de dinheiro” numa casa que tem no mussulo que era guardada por dois seguranças, identificados por “Mateus” e “Sapalalo”. Em Setembro de 2009, a casa – que funcionava como seu cofre - ficou reduzida em cinzas na sequencia de um incêndio provocado por um curto circuito.

 

A atitude de Pedro Sebastião em devolver o dinheiro, segundo contam, é remetida a traços próprio da sua educação. No inicio em que ocupou o cargo que ocupa, constatou a pratica de se entregar “sacos de dinheiros” provenientes do Banco Nacional de Angola (BNA), para alegadas despesas da Casa de Segurança. A primeira vez que aconteceu, solicitou esclarecimento e foi lhe transmitido que era uma pratica antiga do seu antecessor, em manter “sacos de dinheiro”, na instituição. Sebastião, segundo revelações feitas, comunicou ao Chefe de Estado e de seguida ordenou a devolução do “saco de dinheiro” ao BNA.- 

 

Coronel acusado de não entregar “subsidio” aos soldados

 

Na primeira semana de Fevereiro, havia chegado a Luanda, o Presidente da Itália, Sergio Mattarella cuja a segurança e proteção foi confiada por 8 operativos angolanos na sua maioria ligados a Unidade de Segurança Presidencial ( USP), incluindo um motorista e um oficial do protocolo do MIREX. No dia da partida, a equipa de apoio do Chefe de Estado Italiano que terá ficado satisfeito com o trabalho  dos escoltas angolanos, deu  3000 euros  - como  complemento à ajuda de custos para ser repartido entre os 8 elementos. Segundo apurou o Club-K, a “oferta” foi entregue a um coronel Santos Manuel Nobre para que repartisse aos 8 escoltas. Passados 4 meses os soldados alegam que nunca viram a tal “oferta” e acusam Santos Manuel Nobre de não os ter entregue. complemento à ajuda de custos