Luanda - O Executivo está atrasado nas políticas de reforço da produção nacional, admitiu hoje em Luanda, o presidente do MPLA, João Lourenço. "Há uma responsabilidade nossa que está atrasada e tudo vamos fazer no sentido de dar mais velocidade", sublinhou o Presidente João Lourenço, quando discursava no acto de massas para encerrar o VII Congresso Extraordinário do partido.

Fonte: JA
João Lourenço defendeu a necessidade de aumentar a produção nacional, por via do apoio ao sector privado. Este desafio, segundo o líder do MPLA, só será alcançado se se conseguir colocar o sector privado na economia.

O líder do MPLA referiu que, para tal, há necessidade de privatizar unidades de produção que estão ainda no fórum público. "Mas unidades que não produzem ou produzem pouco. Há bastante tempo que reconhecemos a privatização dessas unidades", disse.

O presidente do MPLA disse que a ideia é colocar à disposição do sector privado aquilo que antes era do sector público para que eles possam produzir os bens e serviços de que a economia e a sociedade necessitam.

O Executivo, salientou, estabeleceu através do diálogo uma relação próxima com as associações empresariais para que estas tenham uma voz no que diz respeito às políticas para o sector público.

João Lourenço explicou que, com a inclusão do sector privado na economia, o Estado não estará a se ausentar das suas responsabilidades. "Vamos dar todo o apoio necessário ao sector privado para que ele cresce, se desenvolva e cumpra com a sua responsabilidade de produzir bens e serviços e crie empregos", realçou.

O Presidente João Lourenço falou sobre a concessão de uma linha de crédito a um banco angolano, para servir a economia que foi repassado para o sector privado.

O presidente do MPLA manifestou receio de que os empreendedores que estão longe da capital não consigam aceder a estas facilidades.

"Os que estão nas províncias longínquas não têm necessidade de vir a Luanda, para beneficiar dessa facilidade de crédito. Esse serviço deve ser prestado lá", orientou João Lourenço.

O líder do MPLA criticou o facto das feiras internacionais que acontecem no país promoverem mais produtos importados. "Ao longo de muitos anos temos realizado no país feiras internacionais, mas o que é triste é que grande parte dessas feiras serviram para expor produtos importados. Não queremos mostrar o que foi fabricado noutro país, queremos montra para mostrar a nossa capacidade interna de produção", indicou.

João Lourenço garantiu todo apoio do Executivo às feiras de produção nacional. "Vamos apoiar as organizações empresarias que têm a responsabilidade de organizar feiras e tudo que forem feito para mostrar o nosso potencial interno", sublinhou. O Presidente João Lourenço encorajou a realização de feiras que se preocupem, sobretudo, em mostrar aquilo que o país já produziu.